Vandré, 76 anos, gravou um depoimento para Globo News: programa Dossiê.
É triste e patético. É frustrante.
“Geraldo Vandré havia ganho o Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, com a música "Para Não Dizer que Não Falei de Flores". Era 1968 e Maracanãzinho lotado havia aplaudido e cantado com ele o que logo se tornaria um hino dos que queriam o retorno da democracia..
HOJE
“Vandré é um dos cinco moradores de um prédio meio abandonado no centro de São Paulo, que tem um total de 39 apartamentos. Ele vive há 25 anos em um sala e dois quartos.
Eu sou o Geraldo Pedrosa, o Geraldo Vandré morreu em 1968.
Ele é solitário, muito solitário, fechado, mas é gente boa, também, depois de ser exilado e ter levado uns esculachos fora do Brasil.
O músico morou no Chile e depois na França. Voltou ao Brasil em 1973. E é aí que está um dos capítulos mais misteriosos de sua vida. Foi quando ele fez aquela história com a Globo e depois foi morar no quartel da FAB.
Ao chegar ao Brasil, ele fez uma aparição no Jornal Nacional que chocou a esquerda e os simpatizantes.
Geraldo defendeu a ditadura militar e disse que nunca havia apanhado.
"Ele foi convencido, essa parte é nebulosa mesmo e só ele sabe. Ele estava muito amargo quando voltou, em depressão mesmo. Acho que deve ter sido torturado no Chile."
2 comentários:
quando resolvem dizer a verdade, rotulam de nebulosa, e a tortura é transferida para o Chile. Mas a tal de Comichão da Vaidade vai desvendar todos estes mistérios, inclusive com o aparecimento de alguns, cujas familias recebem polpudas indenizações, pagas pelos trouxas desta geração que não viu nada, mas adora falar mal dos milicos.
Pelo que sempre ouvi falar esse compositor/cantor nunca foi um perseguido político. Apenas a música caiu como uma luva na época.
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