“Assisto, com repulsa, às cenas de agressão a um morador de rua, cometidas por rapazes da classe média no interior de São Paulo. Eles argumentam que tudo não passou de uma "brincadeira". As imagens da violência, que de brincadeira não tinha nada, foram gravadas, ao acaso, por câmeras de controle do trânsito.
(...)
Esses rapazes são representantes involuntários dos valores contemporâneos. A apologia da potência como bem supremo.
O sucesso a qualquer preço. O gozo com a submissão do outro. O mundo da vitória! _ que se encarna em uma cerveja, em um creme de barbear, em um automóvel... Não é nele que vivo? Mundo dos adestradores, dos domadores, dos vencedores.”
- É importante contextualizar esse fato no momento em que se aproxima o dia 26 de fevereiro que marca os 25 anos da morte do lajeadense Alex Thomas, assassinado por jovens de classe media alta de Porto Alegre, que formavam a Gang da Matriz.
- A Radio Independente prepara uma grande reportagem sobre esse episódio que beira a bestialidade humana e revolta a todos até hoje.
Um comentário:
Lembro deste fato. Lembro também que comigo trabalhou por alguns plantões um Investigador de Polícia cujo nome não recordo e pai de um dos membros desse grupo. Contou-me ele numa das madrugadas de pouco movimento que durante a investigação os pais de uns riquinhos o procuraram oferecendo uma grana alta a fim de que o seu filho assumisse sozinho a bronca. Filhos bandidos e pais o que mesmo?
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