quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

VELHA CASA NOVA

A Secretaria de Educação deve ser transferida para o prédio reformado na rua Borges de Medeiros ainda no segundo semestre deste ano.

Já posso ver as chinas da rodoviária velha se estranhando com as profes sempre que essas precisarem chegar por lá.

A casa é de 1906 e foi sede do “Banco Popular do Lageado Ltda” ou melhor,  “Spar und Darlehnskase von Lageado”. Mais tarde, na década 60, no andar superior morava o doutor Adalberto Breier, autor do atual Brasão de Lajeado. Na gestão do prefeito Feldens serviu de biblioteca.

 O prédio, barganhado num leião em 2007, foi reformado por ser considerado patrimônio histórico da cidade.  

Conforme a ex-proprietária, o  ex-marido devia para  prefeitura. Não entendo dessas coisas, mas d. Marly chorou muito na época e eu só recebia recadinhos da prefeitura para que não investisse nada no bistrô que ocupava o térreo da casa, porque eles comprariam num leilão. Isso em 2006. Já sabiam um ano antes do leilão? A vida é estranha mesmo... Foi comprado por R$ 283 mil e injetado na reforma  algo em torno de R$ 640 mil. Compraram barato.


A nossa prefeita Carminha acredita que com a reforma pronta  vão revitalizar a Borges. Com aquele poleiro em frente onde o povo  vomita, urina, mostra as genitálias e se atraca de facão?

Rejane Ewald, Secretária de Educação, acredita que a reforma foi realizada dentro das normas de preservação de construções históricas. Não creio. A foto já diz tudo: piso cerâmico branco, horroroso. E para subir uns degraus? Elevador. Só aumentando o valor do iptu para se dar  esses luxos.

O aceitável é que, com a mudança, a Sed passa a economizar R$ 1.700,00 em aluguéis – dizem eles. Ponto favorável: auditório para 80 pessoas. Já posso imaginar um Clube de Cinema...

 Em 1992, o ex-banco, ex-imobiliária, ex-residência, ex-biblioteca passou a integrar o Inventário do Patrimônio Histórico de Lajeado.

Grande coisa: a casa na esquina da Santos Filho com a rua Bento Gonçalves, da família Straatmann, também fazia parte do inventário e foi derrubada com o ok da prefeitura. Dois pesos, duas medidas.

14 comentários:

Lucas Casagrande disse...

esse chão parece piso de banheiro. pelo jeito, nada de assoalho. nada de ladrilho hidráulico. por fora bela viola... por dentro...

Anônimo disse...

A Prefeitura continua com dois pesos e duas medidas. Quando vai mudar? Acho que quando o balde virar e trocar toda a água por outra.

Rejane Ewald disse...

Laura, estás certa. Uma das razões da nossa visita foi exatamente para conferir o que a empresa contratada fez e que está em desacordo com o determinado.Todos nós pensamos o mesmo sobre o piso... Abraços, Rejane Ewald

Rejane Ewald disse...

Laura, ainda: o elevador se fez necessário especialmente em função da acessibilidade aos portadores de deficiência física, além da falta de espaço para construção de rampas. Rejane Ewald

Lucas Casagrande disse...

precisaram colocar o piso errado para ver que estava em desacordo? não houve um projeto detalhado da restauração?

Anônimo disse...

Pelas fotos, a "restauração" (e mais uma área nova nos fundos) de um prédio histórico levou à sua descaracterização como tal passando a figurar apenas como mais um patrimônio do município. Prédio histórico, jamais!

Anônimo disse...

Pensaram sobre o piso, "em desacordo com o determinado" tarde demais, afinal já está colocado. Concordo com o Lucas Casagrande. Não houve um projeto detalhado e aprovado? Não houve um acompanhamento da obra? Que vão fazer, tirar o piso e colocar um de acordo? É isto aí,rasguem nosso dinheiro!!!!

Anônimo disse...

Prefeitura, sempre deixando a desejar... Poxa, planejamento de acordo com suas características históricas uma ó.., Quem foi o (i)responsável por acompanhar o trabalho? Realmente, dois pesos e duas medidas. A prefeitura NÃO tem gestores na área cultural, aí, dá nessas coisas. Lamentável!!!

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Penso que qa Prefeita deva ser processda por ter permitido tamanha idiotice. Necesário igualmente que ela leia e releia em algum dicionário o sentido do verbo RESTAURAR.
Gestor púlico assim precisa levar ferro pra aprender.
Isto é imperdoável.

Anônimo disse...

LAURA, este tipo de restauração deve ser feito por empresas especializadas e não por uma empreiteira de mão de obra cuja licitação deve ter sido ganha pelo seu menor preço e pior material. Não havia um projeto de restauração? Quem gerencia o patrimônio histórico de Lajeado?
Deveriam mandar substituir os materiais de acordo com o projeto de restauração(se é que ele existe). Isso foi coisa de incompetente! E não adiante por a culpa no estagiário!

Anônimo disse...

não sei quem falou em restauração. conheço lugares em que se preserva a fachada e por dentro moderniza-se os prédios para continuarem a servir a população. não adianta um prédio antigo que não serve de nada a não ser ser observado por fora.
pior é ter um prédio desses a disposição e ficar pagando aluguel em outro lugar.
e o elevador, bem lembrado, faz parte da acessibilidade que vocês seriam os primeiros a cobrar quando alguém não conseguisse subir as escadas.

Anônimo disse...

sabemos muito bem que vai usar os elevadores...

Anônimo disse...

Então os elevadores devem ser usados só por aqueles que tem dificuldade de locomoção. Tá, então tá!

Marcelo Giglioloa disse...

deviam investigar mais a fundo essa reforminha disfarçada de restauração.