quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A FUNDEF NÃO PODE PARAR


Se existe algo em Lajeado do qual  podemos nos orgulhar é a FUNDEF: Fundação para Reabilitação das Deformidades Cranio Faciais, com atividades iniciadas, oficialmente em 1993, por inspiração do médico Wilson Dewes.

Está no site da FUNDEF:  “... surgiu com a falta aqui no estado de um centro especializado e multidisciplinar capaz de prestar o longo e complexo tratamento das malformações crânios-faciais, principalmente as fissuras lábio-palatais.”

Na FUNDEF uma equipe multidisciplinar acompanha os pequenos  pacientes que nascem com problemas de fissuras deste o nascimento até a alta definitiva, muitas vezes no início da idade adulta.

Quando nascem crianças com esses problemas, elas são encaminhadas até a FUNDEF pelas Secretarias Municipais de Saúde, que agendam a 1ª consulta. A partir daí, o tratamento segue uma rotina que está no plano de tratamento de cada paciente.

Hoje de manhã, na Radio Independente, programa de Paulo Rogério, ouvi entrevista sobre a FUNDEF, que  atravessa uma crise e deve diminuir o número de atendimentos. E se  antes eram realizadas 48 cirurgias por mês, pelo SUS no Hospital Bruno Born, brevemente serão apenas 28. Em função de burocracias.

 (imagem meramente  ilustrativa)
A CARTA DE MICHELE

“Minha filha Gabriela, nasceu dia 13 de outubro de 2009 e o pediatra me disse que ela era perfeita.

Porém, na sala de recuperação observei que ela não conseguia mamar no peito. Os dias foram passando e eu não conseguia fazer com que a Grabriela mamasse no seio.
Todos diziam que ela ainda tinha reserva do útero, que não tinha fome e que era preguiçosa para sugar.

Numa noite o leite começou a sair pelo nariz dela, como se fosse uma ‘babinha’, e as enfermeiras falavam que era normal. Como tenho um menino de quatro anos, sabia que tinha algo de errado. Incomodei a noite inteira as enfermeiras e a minha filha chorava de fome.

Pela manhã antes que eu falasse com o pediatra, as enfermeiras pegaram minha filha para trocar fralda e o pediatra iria pesá-la. Demorou um pouco e eu já estava preocupada. O pediatra apareceu com a Gabriela no colo. Muito sério. Achei estranho, pois ele sempre estava brincando.

 (imagem meramente  ilustrativa)
Fiquei sabendo que minha filha tinha fenda no palato. Naquele momento muitas coisas se passaram na minha cabeça. Ninguém sabia me explicar com precisão como seria o tratamento. Tive que ser forte. Durante a tarde um médico me assustou, dizendo que era um caso raro. Chorei muito, pois eu não sabia para quem pedir ajuda. Comecei a pesquisar na internet e entender melhor o assunto. Depois de um tempo descobri que existia tratamento e com isso fiquei mais tranqüila.

O pediatra ficou sabendo da FUNDEF de Lajeado e logo me avisou. Encaminhamos tudo certinho. Com um mês levamos ela para fazer a consulta. Saímos de lá com as dúvidas esclarecidas.

Mas eu queria muito amamentar, mas não teve jeito. Insisti muito, mas a Gabriela não queria. Então, eu tirava leite do peito e dava para ela, mas ela tomava só 10 ml por mamada. Aos 14 dias minha filha acabou se engasgando com o leite... (...)

 (imagem meramente  ilustrativa)
Nesses meses que passaram como a Gabriela tinha muitas otites foi necessário fazer uma timpanotomia (colocação de tubo de ventilação no ouvido), para que ela não tivesse problemas de audição futuramente. A cirurgia de meia hora foi super tranquila, a Gabi passou super bem ficamos apenas algumas horas no hospital.

Dia 28 de Outubro de 2010 voltaremos a Lajeado para marcar a palatoplastia, pois não foi marcada a data devido a uma pequena anemia que a Gabi teve. Mas agora ja melhorou e será marcada a data, provavelmente para final de janeiro de 2011. (...)

Hoje a Gabriela está com nove meses. Come de tudo e se alimenta muito bem. Agora é só aguardar com ansiedade a cirurgia e passar por mais essa etapa. Sei que Deus estará do nosso lado e vai dar tudo certo”.
Michele Lando Rogalski


7 comentários:

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Muito oportuna essa post Laura. Os mesmos cidadãos exemplares que mantém essa instituição igualmente, ao que sei, têm uma casa de passagem para acolher os familiares desses pacientes. Nem tudo está perdido, pois há muita gente disposta à solidariedade. Daqui mando um tríplice e fraternal abraço a esses irmãos.

Laura Peixoto disse...

Só se é em outro local. A antiga casinha de apoio aos familiares foi destruída. Não dava lucro.

Anônimo disse...

um TFA pra ti também

Laura Peixoto disse...

Hoje fui no cartorio de Lajeado. Bem em frente a casa de apoio aos pacientes e familiares da Fundef.

Anônimo disse...

Aceita-se doações de roupas e alimentos!. Colabore!

JORGE LOEFFLER .'. disse...

Então a casa ainda existe. É isso?

Anônimo disse...

Sim,existe, em frente ao Cartório Klein. Apareça por lá!