A gente só ouve falar do pai famoso... Mas, os versados no tema sabem que houve uma filha que amou incondicionalmente esse pai e sempre o acompanhou nas suas incursões pela psiquê e, literalmente, pelas viagens realizadas pelo mundéu: Anna Freud, a filha mais nova de Sigmund Freud.
Por essa rejeição, durante toda sua vida Anna sentir-se-ia negligenciada e profundamente decepcionada com sua mãe. Em razão disso, devotaria todo seu amor e idolatria ao pai até o fim da vida aos 83 anos no dia 23 de setembro de 1939.
Anna, uma discípula brilhante se tornaria uma psicanalista também de renome.
Freud e Martha
“Num importante estudo publicado pela revista Psyché, com o título Electra versus Édipo, a psicóloga holandesa Hendrika Halberstadt propõe uma análise simbólica da relação entre Freud e a filha, a partir do mito de Electra, e lança algumas luzes sobre o drama da família.
«A bissexualidade pode levar à assexualidade, como demonstra Electra. Sem ser homem ou mulher, consola-se com sua superioridade moral em relação a sua sensata irmã, Chrysothemis, a qual representa a mulher sadia. O ódio que Electra espera da mãe é parcialmente uma projecção da animosidade da criança frustrada.”
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