No jornal O Informativo de hoje, um artigo muito interessante da antropóloga Margarita Rosa Gaviria M.:
(...) “... apontaram a decomposição moral como causadora da violência. Fenômeno fatível de acontecer numa cidade como Lajeado, que atravessa por um processo de transformação social e econômica. Com o crescimento industrial e a conseqüente migração populacional, decorrente da demanda de mão de obra, a população aumenta, e os laços sociais estreitos, que caracterizam a sociabilidade de cidade pequena, afrouxam. As regras e os valores sociais, que outrora garantiram a integração social, perdem autoridade e deixam de exercer influência nos indivíduos. Entrando em jogo divisões de diversa natureza, principalmente religiosas.
Em Lajeado atuam várias religiões. Cada uma delas responde de uma forma diferente às condições de vida, e em torno delas constrói uma rede de relações sociais. Sendo que, as experiências religiosas ultrapassam o contexto do especificamente religioso. Pois, mais do que crença, a religião representa um comportamento cultural, um tipo de vida adaptado ao estado de coisas que a visão de mundo descreve. A crença situa-se nas significações do mundo, da sociedade e da vida.
De acordo com essa concepção antropológica de religião, a vocação religiosa da pessoa fundamenta-se em princípios morais específicos, definidos, geralmente, em oposição a outras religiões. Fato que contribui para afundar progressivamente as brechas entre as pessoas e ampliar os conflitos.
Portanto, desta ótica, o processo de reconstrução moral, como forma de prevenção da violência, deve começar pelo reconhecimento e respeito às diferenças religiosas entre as pessoas.”
* Na íntegra: http://www.bancadigital.com.br/infovale/reader2/
* Penso em reconstrução moral... Penso nas nossas instituições locais e seus predadores oficiais.
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