sexta-feira, 4 de março de 2011

NEY LAZZARI

A enquete no blog sobre os possíveis prefeituráveis para as próximas eleições, abordou quatro nomes de origem italiana, todos bem sucedidos profissionalmente. Conduzindo bem seus empreendimentos, é de supor que poderiam conduzir com igual sucesso uma cidade.


Nilto Scapini, diretor da Conpasul, e Ney Lazzari, reitor da Univates pontearam a enquete e ambos contatados pelo blog.

Em viagem, Scapini não respondeu a pergunta:
SE realmente fosse prefeito de Lajeado qual seriam as prioridades do seu governo?

Ney Lazzari, gentilmente, por email:

“Penso que qualquer pessoa sonha em um dia ser um dos principais responsáveis pelos destinos de uma cidade, de um estado ou de um país sendo prefeito, governador ou presidente. 

Particularmente tenho me dedicado a questões regionais e vinculadas ao Ensino Superior no Vale do Taquari nas últimas décadas. É nessa função que me vejo e é nessa função que penso que posso contribuir mais para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Vale. É o que sei fazer. Talvez essa contribuição seja mais importante para a região e mesmo para Lajeado do que se eu estivesse exercendo algum cargo eletivo. 

A atuação político partidária passa por questão que eu não me vejo em condições de fazer: acordos, compromissos, conchavos, vaidades, exposição na mídia, pedir votos, etc não é exatamente o que me atrai. Compreendo, entendo e acho absolutamente necessária a atuação político partidária, mas para isso as pessoas têm que ter perfil, abnegação, vontade e um certo carisma." 

“Nas questões prioritárias para Lajeado penso que temos sérias dificuldades estruturais na questão urbanística.
Historicamente o setor imobiliário e o próprio setor público pensaram uma cidade com 20, 30 talvez 50 mil habitantes. Hoje temos quase 80 mil e logo chegaremos a 100 mil ou mais.”

Ruas estreitas, falta de saneamento, concentração excessiva do trânsito no centro da cidade são problemas decorrentes desta visão. Resolver essa situação não é nada fácil e requer muitos investimentos. 
Seguindo o exemplo da construção do novo estádio do Lajeadense, deveríamos pensar na construção de um novo Parque de Exposições afastado do centro, de uma nova Prefeitura também afastada do centro e de outros equipamentos sociais sendo deslocados para áreas periféricas. 

Essas obras de porte poderiam desafogar o centro e gerar novos espaços para o crescimento da cidade com a infraestrutura necessária: ruas e avenidas largas, saneamento, calçamentos amplos e regulares, área para estacionamento e áreas verdes. Já há algumas boas iniciativas nesse sentido, mas isso precisa ser intensificado. São projetos caros, de longo prazo, que enfrentarão interesses econômicos bem estabelecidos na cidade e que preferem manter a situação atual que garante seus lucros às custas da qualidade de vida da maioria da população."

“Outra questão importante para Lajeado passa por uma definição mais clara de que tipo de desenvolvimento, que tipo de empreendimentos queremos aqui. Penso que seria importante termos um projeto para se atrair empreendimentos de maior densidade tecnológica que estivessem próximos ou vinculados à Univates, nas áreas da engenharia, telecomunicações, informática, biotecnologia e outros.
Esse tipo de projeto requer um planejamento estratégico de longo prazo que leve em conta questões como IPTU (ou outros tributos) diferenciados, qualificação e formação de mão-de-obra, localização e infra-estrutura.”
Ney Lazzari 

Um comentário:

Anônimo disse...

Outras opções de candidatos são possíveis. Precisamos de um administrador para Lajeado. Temos sérios problemas que requerem uma nova interpretação e um novo direcionamento das políticas públicas para o bem da comunidade.