sábado, 1 de novembro de 2008

Cemitério turístico

Amanhã é o dia dos mortos.
Gosto de cemitérios. Ahã, fazer o que? Tem gente que gosta de arroio poluído, asfalto...

Dias desses vi na RBS uma reportagem sobre um cemitério de Rio Grande que está se transformando em ponto turístico a exemplo de cemitérios europeus. Turísticos não só por vultos históricos enterrados, mas pela beleza da arte estatuária que chama atenção para as sepulturas.


Logo lembrei do pequeno Cemitério Evangélico no centro da cidade que acolhe na eternidade os restos mortais do intendente Julio May e outros jazigos de famílias alemãs que construíram essa cidade.
Tá certo que estilo mesmo só o jazigo de Christine Fett Borniger. Quem será? Onde viveu, por que morreu, deixou descendentes? Foi uma mulher infeliz ou foi uma mulher que amou?

Mas, não deixa de ser interessantes outros túmulos. Como este do coqueiro quebrado. Dava um dedo pra saber a verdadeira história dessa sepultura.
Segredos guardados por Hades, o deus do mundo dos mortos.

Já escrevi que é o local mais turístico e charmoso dessa cidade. Não me levaram à sério. Tá certo... Não é tudo aquilo. Mas, é o que conseguiram preservar.
Eu queria trocar de religião só para ser enterrada ali.
Aí, minha mãe disse que ali só ganha palmos de terra quem tem pedigree.
Melhor ser cremada e pairar leve por aí...
Então, como não tenho a tal certidão de berço, aproveito para passear entre os túmulos, sentar e observar os espíritos.
Com sorte, aparece uma senhora de cabelos brancos, encurvadinha, de carne e osso, para contar histórias passadas.

A Secretaria de Turismo de Lajeado poderia entrar num acordo com a direção do cemitério para incluir como ponto turístico. Ceder um funcionário para recepção, folders contando sobre os túmulos históricos, auxiliar na preservação.
Tô falando sério.
Antes que venha um louco, um ganancioso estúpido, sem pedigree, e construa um prédio de 25 andares. Tô falando sério...



5 comentários:

Unknown disse...

Querida Laura!
Só mesmo uma mente loucamente fértil como a tua para conceber a genial idéia de transformar em atração turística o cemitério do centro.
Torço para que até os mortos ali enterrados façam figa para viabilizar essa iniciativa!
Um abraço.
Daniel Zart

Anônimo disse...

eu sei...eu sei que o que tu tá falando é bem, sério!
no lugar das covas, garagens...só teria que aumentar um pouquinho, já que carro de lajeadense costuma se bem grandão...sabe como é, compensações da vida! - que não servem na morte!

Unknown disse...

Querida amiga Laura. Os cemitérios constituem-se não apenas um ponto turistico, mas um centro de estudos sobre a vida da sociedade que o mantém. Na PUC/RS existe um grupo de estudos que até já lançou um livro sobre os cemitérios do RS. Este grupo ficou conhecido como os cemiteriais. Talvez por uma agradável coincidência um de seus membros atua como educador em nossa cidade(Lajeado, e no dia de hoje, levou alunos do Castelinho a um roteiro de vizitas em Porto Alegre, que inclui o Cemitério da Santa Casa.
Portanto, sua proposta deve ser levada a sério e ampliada em suas expectativas de utilização deste "espaço vivo de cultura"
Abraços,
Gilson dos Anjos
Lajeado/RS

Anônimo disse...

lauritcha
possivelmente, isso é uma acácia.
remete à lenda de Hiram Abiff.
Abrasss
Muiu

Anônimo disse...

É a lenda do terceiro grau...
Reza a lenda que, no local onde encontraram o corpo de Hiram Abiff - o construtor do
templo do Rei Salomão - havia crescido um pé de acácia...

Clica em http://www.freemasons-freemasonry.com/acacia.html