Dá para assimilar?

Fui e voltei.
Rio.
Toda aquela pulsante sonoridade: ônibus, praia, carro, bares...
Poluição carioca.

Mesmo assim, um Rio verde.

Com árvores imensas, cujas copas alcançam além do 5º andar dos prédios.
Árvores antigas.
Ninguém toca.
Ninguém poda.
Mas, às vezes, também elas se vão...

E os moradores, compactados pelas paredes de cimento, que mal se cumprimentam, que mal se conhecem, se unem, se solidarizam nas reivindicações, no exercício de uma tal de cidadania...

Depois de morta, ainda resta a arte.
Arte na rua.
Onde jaz uma árvore, o consolo da arte...

Surgem as esculturas de Brandão. (*)

É preciso dizer mais?
Fui.

Voltei.

* Ex-advogado, o artista plástico André Brandão expõe seus grafites nas paredes e fachadas comerciais, autorizadas, pelas ruas de Ipanema. Chamou de “Caminho dos Elefantes”.