segunda-feira, 24 de novembro de 2008

TêTe à TêTe

* * * Desconectada da vida, só na base da água de coco, a alienação me faz bem.
Volto, espio os jornais, os emelhos.

Nada que palpite meu coração.
Lenine cantava que a vida é tão rara.
Onde? Onde?
A vida não pára.
Onde? Onde?
E de repente aquela imagem na contracapa da Zero Hora:

Grafite sobre photo by Fernando Gomes

Tudo me parece tão patético. Os caras aumentam o próprio salário, a muié gratifica os amiguinhos do piratini e f... com os profes.

Arrogância. Prepotência. Afff...
Conheço tão bem essa degenerescência.
Cruzo com bofes iguais aos da foto:
às vezes, saia e scapins; outras, gravatas e fatiota.
Todo mundo se achando, forçando a pose...

Coitado dos profes.
Além de mal pagos, o encargo de fazer o tema de casa dos pais.
E suportar a Direção, muitas vezes, mesquinha e incompetente.
Perseguidora...

Para Juremir Machado da Silva:

“A greve só podia ser justa. Mais do que isso, justíssima, legítima, além, claro, de ser legal. Em governo de intelectual, costuma ser assim: a educação fica em segundo lugar mesmo parecendo estar em primeiro. Foi assim com FHC. As universidades públicas foram abandonadas. No Rio Grande do Sul, educação e cultura só têm levado tranco. Quando não tem outro jeito, é preciso meter o pé na porta. Piso é salário inicial.” (Correio do Povo 20/08)



* * * Putz, não é que perdi a Expovale que quebrou todos os recordes?
198 mil pessoas!
Sou tão descrente. Tomara, tomara!

Porque nosso empresariado também vive se ferrando:
vendas canceladas, estoques, câmbio, sobrecarga de impostos, justiça do trabalho e por aí vai. E ainda tem os diferenciados:
- os de responsabilidade: assistência médica, carreira, condições de trabalho.
- os visionários: responsabilidade social para com o meio ambiente, cultura....

Na real, uns infartam. Uns jogam tudo para o ar.
E outros, fogem.

Expovale: da próxima vez, se ela ainda estiver por aí, será que ela ainda dará importância ao quinto maior evento do Rio Grande?
Li-não-sei-onde que faz parte do pós-moderno a desconfiança contra o Estado e as instituições. Por favor, esqueçam esse governo.


* * * Tô entrando para o banho, quando ouço o Willian Bonner revelar a falcatrua de Relvado.

- Óia tua região na Globo! – grita meu amigo na zona sul.

Ligo o chuveiro e o pensamento escorre ralo abaixo: já escrevi que sou contra as reeleições. De qualquer tipo. Síndico, reitor, rei momo, presidente, vereador....
O tal do Radaelli, prefeito que seguia para o 4º mandato, suspeito de fraudes contra o INSS. Ahã... O TSE me informa:

Jadir José Radaelli, 54 anos, curso superior completo, técnico em Contabilidade, Estatística, Economia Doméstica e Administração, casa, terras e escritório em Relvado, ap. em Poa, casa em Lajeado...

Comadre, diz aqui ó, quem não tá com as garras na cumbuca nesse país?
Qual é a prefeitura que não é bixada?

20% em tudo: máquinas, ferramentas, cartuchos, semáforos, asfalto, edificações...
Ahã... Continuem reelejendo.
Reelejam e certifiquem a roubalheira em nome do povo.





* * * The Dale Carnegie Course. Já ouviram falar?
Um treinamento para melhorar as habilidades de comunicação, de relações, liderança e outros quesitos.
Fico sabendo que o Jornal A Hora conspira à favor apoiando seus colaboradores nessa busca. Não é pouca coisa. Redações são lugares altamente periculosos e lidar com egos dos jornalistas não é fácil. Aliás, dia 28, a gente se encontra!!!

* * * E o Sesquinho de Lajeado? Foi parar na ZH pela ótica da colega Sâmia Frantz. Adorei a reportagem: os pirralhos resolveram, democraticamente, não pular mais nas escadas do SESC. Esse é o verdadeiro de olho no futuro...





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