Travesti
Prendeu a roupa no varal
e do outro lado dos lençóis
o mundo.
e do outro lado dos lençóis
o mundo.
Esconde-se no branco lavado.
Não quer que o mundo, os outros a revelem
Não quer que o mundo, os outros a revelem
no sol que a incendeia.
E o seu nome é Radiância.
E o seu nome é Radiância.
Quem o deu foi o doutor do Abrigo
sabedor dos que trazem na matalotagem
assombramento e luz.
sabedor dos que trazem na matalotagem
assombramento e luz.
Tendo por nome de chegada Cipriano
vindo da Paraíba ele
para São Paulo — Hoje
vindo da Paraíba ele
para São Paulo — Hoje
… Radiância ela,
no lusco-fusco das esquinas
Rainha.
no lusco-fusco das esquinas
Rainha.
Zulmira Tavares
3 comentários:
belo poema, adorei.
do livro Vesuvio, pela Cia das Letras...
1.213...
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