DO MEU BLOQUINHO: SÃO CRI X CORVO

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.domingo meia-boca. em casa, povo de ressaca. peguei a estrada e fui atras de um campeonato. torcer e gritar me faz bem. boto os diabos encalacrados pra fora. destino: passo do corvo.

.interior de arroio do meio. 34º. poeira, cheiro de esterco, os chiqueiros a mil. merda é dinheiro, dizia minha vó. milho adubado, uma beleza.

.preciso urgente fazer um curso de fotografia com o clau zagonel. assim não é possível. o blog esta com um número bom de leitores, ha que corresponder. profissionalizar.

.olhaí, o milho vem bonito. quem é que por essas bandas nunca pediu emprestado uma espiga na beira da estrada? 

.passo do corvo. uma coisa assim meio hitchcockiana. 'mais importante que a lógica, é a imaginação' -  dizia ele. assisti ao são cristovão x passo do corvo. miesguelei.

.e a torcida do são cri também. do outro lado do campo, torcedores quase foram as vias de fato com a torcida feminina do corvo. na sombra, ânimos mais tranquilos.

.quanto será que ganha um juíz em campeonato amador? e um juíz que chamam de coruja? acho que a ave tá em baixa. e corvo, em alta.

.não gostei da atuação. sobrou muita violência  e quase só o são cri ganhou cartão. saiu gente destroncada, sangrando, mancando. sim, em campo, um legítimo mata-mata no campeonato certel.

.quando vi as nuvens chegando sobre o campo, pensei que a coisa estaria preta para o são cri. e precisava só um empate. o treinador vandeco quase enfartou de tanto berrar.

.lembrei do liska do inter. onde será que anda? seu método porrada não aprovou. treinador tem que saber botar pra cima. mas quem sou eu pra achar qualquer coisa? ainda nem descobri o que é impedimento ou tiro penal.

.mas sei o que é cheiro de chiqueiro de porco. e quando o vento estava a favor, a coisa pegava.

.bem que o são cri tentou. bola na trave, pressão total no lado do adversário. não tinha explicação do porque da bola não entrar. 

.e o corvo abriu o bico, as asas e o placar. apesar do excelente goleiro do são cri.

.meu pé quente dessa vez não ajudou e o santo dos motoristas também não. isso que eles tinham um jogador chamado "padre". 

.mas o corvo tinha um "marrom", que soube levar bem o grupo, mandava no juiz, e fez o único gol da partida. e deles. assim meus olhos viram. e não adiantava esguelar mais ainda.

.quando desanimada, juntei minhas tralhas, ainda tinha gente na torcida, só no chimarrão e na escuta do time principal.

.domingo de nuvens ameaçadoras. eu deveria ter desconfiado. não era pra ser. nem com prorrogação. peguei a estrada e voltei.

.na poeira do passo, o vulto estranho na estrada. quando aproximei, entendi tudo:

um dia de corvo, outro, de pavão.