sexta-feira, 16 de outubro de 2009

FERNANDA MONTENEGRO – 80 ANOS

“A liberdade frente a outro ser humano e a dele frente a você. Diante desta palavra que ainda hoje parece provocar sustos, é que gira a chave da minha vida.

Ela é mais importante para mim do que a justiça. Sonho com um mundo onde essa liberdade de que falo seja estimulada e respeitada. No fundo talvez seja uma posição anarquista no que ela tem de mais auto-responsável.”


Como cidadã sempre fiz do meu ofício um instrumento de participação política. Como artista, fiz a minha participação política dentro do meu ofício, fora de filiação partidária, pois compreendo que o palco é, definitivamente, o espaço mais livre que o homem jamais criou.
Se olharmos os palcos de um país, saberemos exatamente que país é esse.”


Carta a Jose Aparecido de Oliveira, Ministro da Cultura do Governo Sarney
10/5/1985


“O que indigna não é a perda econômica, o desemprego, os projetos adiados, a fuga dos espectadores, o fechamento dos museus, das orquestras, dos grupos de dança, as livrarias vazias, os espaços culturais desativados, a interrupção de várias realizações cinematográficas, agora e no futuro próximo, mas sim a dúvida sobre a nossa idoneidade, o desprestígio de afirmações generalizadas a nosso respeito junto a opinião pública.
(...)
Desejo, como todos brasileiros, que este país dê certo, que se transforme num espaço respeitado.
A cultura, senhor presidente, é uma área delicada. Este país respeitado não existirá sem que a criatividade de seu povo venha para o primeiro plano de atendimento civilizadamente."


Carta ao presidente Fernando Collor de Mello
31/03/1990



“O que indigna não é a perda econômica, o desemprego, os projetos adiados, a fuga dos espectadores, o fechamento dos museus, das orquestras, dos grupos de dança, as livrarias vazias, os espaços culturais desativados, a interrupção de várias realizações cinematográficas, agora e no futuro próximo, mas sim a dúvida sobre a nossa idoneidade, o desprestígio de afirmações generalizadas a nosso respeito junto a opinião pública."

(...)
Desejo, como todos brasileiros, que este país dê certo, que se transforme num espaço respeitado.
A cultura, senhor presidente, é uma área delicada.
Este país respeitado não existirá sem que a criatividade de seu povo venha para o primeiro plano de atendimento civilizadamente."

Carta ao presidente Fernando Collor de Mello
31/03/1990






“Claro que eu me importo ao ver que os olhos estão embaçando, que está sobrando pele nos olhos, pelanca no pescoço. O cabelo não é tão farto como nos 30 anos. Mas é a minha vida. E eu tenho muito medo de perder a minha vida. Não sei o que as famosas puxadinhas poderão fazer de mim. Posso virar uma mulher sem idade e isso é um horror.”


“Curvada nunca, minha filha, nem na coluna,
nem diante da vida!”


Fonte: livro “Fernanda Montenegro em O exercício da paixão”, de Lucia Rito

Um comentário:

Unknown disse...

Que frase linda!
Mas curvado, minha filha, só pra sentir prazer.