Putz, viramos a folhinha no calendário... Mais uns dias e já é primavera. Bha, se agosto é o mês do cachorro louco e só traz desgosto, o que dizer de setembro, esse dissimulado, que abre as flores e depois sacaneia com geada fora de hora, só para acabar com elas, tadinhas.
Setembro louco: às vezes até pode ser bem pior, como recordou o meu amigo Márcio Marquetto Caye. Mandou uns recortes da extinta Folha da Tarde, de Porto Alegre, para lembrar do tufão que aconteceu bem no dia 1º de setembro de 1967.
As reportagens asseguram que os ventos chegaram a 200 km por hora. Muitos feridos e seis mortos. Não sei, mas tenho na memória um estrondo horrível me acordando. Quando botei os pés no chão, senti a água dentro do meu quarto até as canelas. Meu pai entrou, mandou ficar quietinha e segurar um guarda-chuva ainda sentada na cama. Lembro que o telhado do nosso chalé na Borges de Medeiros se segurou, mas era tanto gelo em cima que corria água por todas as peças. Quando a curiosidade venceu o medo fui espiar na janela. O prédio do Salão Paroquial tinha desabado e o zinco voado para dentro do nosso pátio. Esses dias alguém ainda disse que, na época, uma pessoa foi degolada por uma telha de zinco -ou algo parecido- que voou das lonjuras chegando até as proximidades do Hotel (Martini) Mariani. Acredito que muitos devem ter um caso semelhante para contar. E hoje mal começa setembro...
*Clique em cima das imagens para ampliar.
7 comentários:
Entre a casa onde morava e o armazem do vo (Rohenkohl) havia um corredor conectando a porta da garagem com a porta dos fundos do armazem.Havia um murinho separando o patio da vo com o tal corredor -1.5 m de altura.O gelo que caiu do telhado do armazem cobriu completamente o corredor deixando-o no mesmo nivel do patio, com algumas bolas de gelo do tamanho de uma bola de golf.Lembro como se fosse hoje. Ja na semana passada, aqui por NY, na segunda tivemos um terremoto -5.8 - que tremeu com as baias ate aqui em Mamaroneck. Ja no sabado, terminamos a semana com o furacao Irene nos pegando de cheio, com ventos de 100kms por hora. Vidinha excitante por estes lados.A casa ficou sequinha, mas 3 dias sem energia eletrica.
eu tinha 4 anos e me lembra da casa da mina vô destruida!
Triste ver essa DKW da foto nesse estado!
tu é tão velha e recalcada que disserto tava lá no dia do tufão. Pena que não foi junto
Muito bacana!
Na esquina de João Abott com a Silva Jardim, onde fica hoje o escritório do Ivan Verenzuck, um dia após o sinistro ainda tinha uma generosa camada de gelo, formado pelo granizo que caiu.
O Salão Paroquial perdeu todo o seu telhado. Algumas paredes cederam. Foi totalmente reconstruido. O telhado do Moinho dos Pretto (antiga Casa Born) foi parar num campo de futebol que ficava atrás da Igreja da Matriz.
Um tempo antigo onde as construções não foram projetados para as intempéries. Hoje ainda se deixa construir casinhas sem uma laje (se o telhado voa pelo menos fica a segurança dentro da casa).
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