Túpac Amaru, o último líder indígena do dizimado povo inca.
Filho de Manco Inca Yupanqui foi untado sacerdote e guardião do corpo de seu pai. Guerreiro, lutou contra os espanhóis para defender a cidade peruana de Cuzco e seu povo. No fim do século 18, Túpac Amaru liderou a maior rebelião indígena da América, que incendiou o coração dos Andes. Acossado, acabou se refugiando na Amazônia, onde foi capturado e depois assassinado pelo vice-rei da Espanha. Mais ou menos isso.
Muitos de nós guardamos ideais inspirados por Túpac Amaru. Porque nos angustiamos com as condições inexplicáveis dessa vida tão desigual. Porque não nos enquadramos ao macrocosmo desumano das diferenças sociais. Porque ainda nos indignamos.
Dias desses fui à Ong Abaquar e senti a falta de algumas crianças.
“Cresceram...” – disse alguém. E foram atrás de seus direitos, pensei. Uns seguem a vida sem pensar e fazem escolhas burras. Outros pensam antes de se lançar ao abismo. Foi pensando que alguns jovens criaram a Ong Túpac Amaru, no bairro Santo Antonio. Não querem alarde, não querem vitrine, não querem jornalista bisbilhoteira lá em cima. Não querem fazer parte de estatísticas. Não tem interesse de se mostrar ou se contar. Querem fazer diferente: querem pensar. Reúnem-se para trocar experiências, sementar conhecimento, irrigar a própria cidadania, reconhecendo seus direitos de existir de forma mais justa. Gostei da opção do nome: Túpac Amaru inspirou revolucionários como Bolívar e Che Guevara e o movimento Tupamaro e isso me dá um alento. Se dali saírem anarquistas, liberais ou conservadores só o tempo dirá
Um comentário:
nem posso imaginar isso numa terra alienada como lajeado e regiao
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