O caderno bacana “A Hora da Terra” volta ao assunto “Corredor Ecológico”. E lista dados positivos que ao meu ver de concreto não tem quase nada:
“O projeto quer recompor 782 hectares de mata ciliar em 13 municípios.”
Só quer mesmo.
E quer matéria na mídia para sair bonito na foto.
Como assim mais de 200 áreas foram recuperadas? Como assim 142 mil mudas nativas serão plantadas até o fim do inverno?
Quero ver fotos das mudas, dos plantios e não das bonecas e bonecos posando de homenageados por coisas que ainda nem fizeram. Ou se fizeram – muito pouco.
Meu amigo Flavio Renner foi entrevistado pelo jornal.
Tem sua propriedade na Linha São José, Estrela, da RS 129 até o rio Taquari. Há 3 anos o Ministério Público de Estrela fez um levantamento em todas as propriedades que margeiam nosso rio para designar quais áreas necessitavam reflorestamento para a criação de um suposto corredor ecológico.
Leia na íntegra suas considerações:
“Achei a idéia fabulosa porque a degradação é visível nessas margens. Basta sair de Estrela e se dirigir a Colinas para comprovar que em grande parte as margens são completamente desprovidas de vegetação e o assoreamento é real.”
Flavio assinou um termo de compromisso de manutenção durante cinco anos do que seria plantado na sua propriedade.
Eliminou as árvores consideradas exóticas na maior urgência antes do suposto plantio em setembro daquele ano:
“Inclusive me propus a plantar as mudas que fossem fornecidas mas me disseram que fariam eles mesmo o plantio.
Segundo o levantamento, 15 metros de extensão da área que margeia o rio seriam reflorestados:
“Três anos se passaram e nada, absolutamente nada foi feito.”
Dentro da sua propriedade, Flavio plantou uma espécie de corredor que liga dois resquícios de mata que havia quando adquiriu o sítio há 12 anos. São áreas distantes do rio, e não se conectam a vegetação ribeirinha.
Flavio assinou um termo de compromisso de manutenção durante cinco anos do que seria plantado na sua propriedade.
Eliminou as árvores consideradas exóticas na maior urgência antes do suposto plantio em setembro daquele ano:
“Inclusive me propus a plantar eu mesmo as mudas que fossem fornecidas mas me disseram que fariam eles mesmo o plantio.
Segundo o levantamento, 15 metros de extensão da área que margeia o rio seriam reflorestados:
“Três anos se passaram e nada, absolutamente nada foi feito.”
Dentro da sua propriedade, Flavio plantou uma espécie de corredor que liga dois resquícios de mata que havia quando adquiriu o sítio há 12 anos. São áreas distantes do rio, e não se conectam a vegetação ribeirinha.
Flavio Renner é a favor do corredor ecológico.
“Veja bem, eu sou um dos proprietários que cederiam com a maior boa vontade mais do que o MP pede. Entendo que aqueles que dependem exclusivamente da terra poderiam perder alguma coisa, mas devemos lembrar que quando adquirimos as propriedades, todas as margens dos rios eram povoados por uma fauna e uma flora muito mais abundantes do que são hoje, e penso que é nosso dever contribuir para que se recupere uma parte do que todos juntos destruímos.
Algo que quase todos os governantes deveriam, por lei, fazerem. Muito raramente, aparece algum esquilo na minha propriedade. Sim, esquilos, raposas e eu me pergunto até quando poderei ter o prazer de vê-los?"
“É muito fácil desacreditar em quem rege nosso país. Tudo se projeta, nada se faz. Veja o exemplo de Lajeado: já viste cidade mais desprovida de verde?
Nasci e vivi 20 anos lá, e no meu tempo, árvores abundavam em todas as ruas. Parece que, atualmente, elas são caçadas como criminosas. Já viste cidade mais feia arquitetonicamente?
Belas árvores em todas as ruas esconderiam a feiura, e certamente dariam um ar mais civilizado a essa cidade horrenda” – desabafa.
8 comentários:
não entendo muito bem qual é a desse caderno especial meio ambiente do jornal a hora. me parece mais um caderno publicitário não muito comprometido com a verdade. o q é uma pena, quando se trata de assunto tão sério como o meio ambiente.
bjs
Flavio 10 para ti (acho que tu foste meu colega no melinho, dali saiu muita gente com consciência de humanidade e ecologia), vamos continuar na luta, ainda bem que não sou somente eu, que acha que esta cidade está ficando cada dia mais feia e desumana. Eu nasci, cresci e escolhi esta cidade, para trabalhar e viver na minha velhice, mas cada dia que passa fico mais e mais triste com ela, pela falta de consideração daqueles que somente pensam em ganhos. Tenho acompanhado de perto o estrago que estão fazendo com ela, nestas últimas décadas, em nome do progresso. É tudo muito desalentador. Mas quem sabe ainda esta em tempo de salvar o rio e se plantar mais verde. Um abraço Laura, que bom que tu voltaste. elacy
P.S. Grandes empreendedores e destruidores do meio ambiente de Lajeado, não precisam me mandar para o meio do mato, pois não vou, vou continuar lutando pela minha cidade, e para que seja cada dia mais humana.
Tenho que concordar: o centro desta cidade é horrível, digo, um poluição visual muito forte. É das cidades mais desprovidas de árvores na área urbana que eu já vi.
a concorrencia jornalística, ou invejosa, não perde tempo. q feio.
Concordo plenamente com a Elacy. O centro de Lajeado é de muito mau gosto, feio mesmo. E a especulação imobiliária, as construtoras, estão empilhando prédios e mais prédios. Mas isto só está acontecendo em razão de uma demanda existente. O lajeadense parece adorar um apartamento e viver empoleirado feito pombos. Gosto é gosto e não se discute, dizem. Só se lamenta.
Além de caçarem as árvores em Lajeado, estão sendo plantados quatro prédios de oito andares praticamente dentro do Parque dos Dick (Residencial do Parque), estamos andando na contramão da ecologia. Não sei como liberaram a construção desses prédios.
É o progresso desenfreado...
Como diz o ditado: Pagando bem; que mal tem...
E dá-lhe asfalto e concreto!!!!
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