segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ZE CARIOCA: 70 ANOS


Depois de Gilberto Gil, Milton Nascimento e Caetano Veloso, é a vez de Zé Carioca  engrossar as fileira dos septuagenários famosos.

Uma criação - dizem -  de origem política de Walt Disney,  o personagem morava no morro, ou “na favela e vivia de pequenos expedientes, golpes em restaurantes de hotéis, diversão de penetra em clubes grã-finos”, diz o Estadão. (estigma? preconceito?)
 “A periquita Rosinha, sua namorada eternamente enrolada, surgiu nos quadrinhos como uma das mais sexy pin-ups da era pré-Jessica Rabitt.

Zé Carioca não cumprimentava friamente, como os americanos, mas dava abraços "quebra-costelas" nos chegados, como no turista gringo Pato Donald.

A Editora Abril está reeditando todas as tiras iniciais produzidas entre 1942 e 1944, além de uma seleção especial de histórias até 1962 recoloridas digitalmente.

Após 70 anos, o Zé Carioca da Vila Xurupita, permaneceu  publicado pela Editora Abril.  A partir daí, o gibi alternou números com o Pato Donald até ganhar sua própria publicação em janeiro de 1961, época em que cartunistas brasileiros começaram a ter sua chance. 


"Porém, seu auge ocorreu mesmo nos anos 1970, pelas mãos do gaúcho Renato Canini, que aproximou de forma mais latente o Zé Carioca da realidade brasileira, consolidando sua identidade de malandro", conta o pesquisador Celbi Vagner Pegoraro, jornalista, pós-graduado em Relações Internacionais e doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo.”

PARENTESES “Desenhei durante seis anos o Zé Carioca sem conhecer o Rio de Janeiro.” – disse Renato Canini, que lançou  este ano Pago Pra Ver, reunião de cartuns, desenhos e ilustrações com temática campeira. São 212 páginas, com 250 desenhos, ilustrações, cartuns sem texto, e só um que outro "balão de fala", o recurso mais associado no imaginário às histórias em quadrinhos. FECHA PARENTESES
“Outros artistas brasileiros prosseguiram com o personagem e há um desafio da nova geração, como a do quadrinista Fernando Ventura, de desenvolver o Zé Carioca para uma nova geração. Especialmente agora que o volume 2 terá duas histórias inéditas feitas por brasileiros.”



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