Depois de Gilberto Gil,
Milton Nascimento e Caetano Veloso, é a vez de Zé Carioca engrossar as
fileira dos septuagenários famosos.
Uma criação - dizem - de origem política de Walt Disney, o personagem morava no morro, ou “na favela e vivia
de pequenos expedientes, golpes em restaurantes de hotéis, diversão de penetra
em clubes grã-finos”, diz o Estadão. (estigma? preconceito?)
“A periquita Rosinha, sua namorada eternamente
enrolada, surgiu nos quadrinhos como uma das mais sexy pin-ups da era
pré-Jessica Rabitt.
Zé Carioca não
cumprimentava friamente, como os americanos, mas dava abraços
"quebra-costelas" nos chegados, como no turista gringo Pato Donald.
A Editora Abril está reeditando
todas as tiras iniciais produzidas entre 1942 e 1944, além de uma seleção
especial de histórias até 1962 recoloridas digitalmente.
Após 70 anos, o Zé Carioca da
Vila Xurupita, permaneceu publicado pela
Editora Abril. A partir daí, o gibi alternou
números com o Pato Donald até ganhar sua própria publicação em janeiro de 1961,
época em que cartunistas brasileiros começaram a ter sua chance.
"Porém, seu auge
ocorreu mesmo nos anos 1970, pelas mãos do gaúcho Renato Canini, que aproximou de forma mais latente o Zé Carioca da
realidade brasileira, consolidando sua identidade de malandro", conta o pesquisador
Celbi Vagner Pegoraro, jornalista,
pós-graduado em Relações Internacionais e doutorando em Ciências da Comunicação
pela Universidade de São Paulo.”
PARENTESES
“Desenhei durante seis anos o Zé Carioca sem conhecer o Rio de Janeiro.” – disse
Renato Canini, que lançou este ano Pago
Pra Ver, reunião de cartuns, desenhos e ilustrações com temática campeira. São 212
páginas, com 250 desenhos, ilustrações, cartuns sem texto, e só um que outro
"balão de fala", o recurso mais associado no imaginário às histórias
em quadrinhos. FECHA PARENTESES
“Outros artistas
brasileiros prosseguiram com o personagem e há um desafio da nova geração, como
a do quadrinista Fernando Ventura,
de desenvolver o Zé Carioca para uma nova geração. Especialmente agora que o volume
2 terá duas histórias inéditas feitas por brasileiros.”
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