sábado, 12 de maio de 2012

DOIS BEIJOS E UM ABRAÇO


Minha homenagem a todas aquelas mães que casaram cedo na vida e que essa vida a dois cumpriu a risca o sacramento “até a que a morte os separe”. A todas aquelas que pariram filhos por parto normal, inclusive gêmeo, conquistando um certificado de mãe verdadeira e um alvará de licença para exercer as atividades de cozinha, tanque, vassoura, escovas de cabeleireira, espátulas de doceira, santa paciência de professora.

Minha homenagem àquelas que se reinventaram perante a lancinante perda de filhos, amigos, pais, marido, irmãos e continuando sua história com fé na vida e sem repisar mesquinhas intolerâncias ou débeis chantagens emocionais.

Minha homenagem a todas as mães com disposição para manter a saúde mental e física praticando academia, palavras-cruzadas, fazendo hidroginástica, lendo jornais e revistas ou simplesmente caminhando.

Minha homenagem a mães com senso de humor para rir de si mesma na hora das burradas e tropeços (in) voluntários - também ninguém é de ferro, que se sabe oxida e enferruja diante das intempéries do tempo.
Minha homenagem a todas aquelas que valem de sua curiosidade para não se atemorizar  com as tecnologias da hora, que possuem refinada  sagacidade para  temperar com agudeza de espírito qualquer conversa morna e principalmente, sem entupir os ouvidos de ninguém com queixas reprisadas.
Minha homenagem às mães que sabem ouvir e quando falam tem o que dizer e os filhos querem – e precisam -  escutar.

Minha homenagem a todas as mães que ultrapassam os setenta anos com energia superior a muita mãe de trinta, cinqüenta e outros entas.
Que vocês se conservem por muitos e muitos anos sempre generosas e compreensíveis com os filhos mal-humorados, ambiciosos, invejosos e inconvenientes que vocês  pariram. Não se torturem. Foram criados com bons exemplos dentro de casa, mas alguns simplesmente não conseguiram assimilar.

Assim, tomo emprestada a minha para lembrar a todas as leitoras desta crônica: sintam-se homenageadas as pacientes, divinas e queridas Mães!

*Minha crônica semanal nos jornais A Hora do Vale, Lajeado e Opinião, de Encantado.

Um comentário:

serjao disse...

Ditto!