sábado, 3 de novembro de 2012

A CUBA DE SANDY

 Na 5ªf, chegou a Cuba um avião russo carregado com 30 toneladas de materiais de construção para as vítimas do furacão Sandy.

O avião pousou no Aeroporto Internacional Antonio Maceo, em Santiago de Cuba (sudeste), a região mais afetada pelo furacão na semana passada, com uma carga que incluía "janela de vidro, madeira, placas de aço, pregos e outros itens" .

A Venezuela também enviou alimentos para as vítimas de Sandy, enquanto a Bolívia anunciou que iria enviar alimentos e água. Organizações católicas internacionais também se ofereceram para enviar ajuda aos bispos cubanos.
 De acordo com a Prensa Latina, a República Dominicana está preparando um plano de alívio para reconstruir as redes de energia.

Enquanto isso, o governo brasileiro vai doar US $ 200.000 para ajudar as vítimas do furacão em Cuba e Haiti, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país sul-americano.

Cuba vai receber o dinheiro através da Cruz Vermelha Internacional. Além de apoio financeiro,o Brasil ainda este mês  doa  25 mil toneladas de arroz.
 Segundo a ONU,  há 1,2 milhão desabrigados, ou seja, 10% da população da ilha, e adverte que  o furacão Sandy causou grandes danos à agricultura. Por lá, uma comitiva de empresários gaúchos  liderada pelo governador Tarso Genro. Querem vender maquinas agrícolas. Por lá, a Odebrecht, construindo o Porto Mariel, empregando 4 mil operários e 40 brasileiros.

Mas, o que um país pobre e mais uma vez devastado pela natureza pode investir e cumprir com seus acordos econômicos?



A blogueira Yoani alerta em seu blog:

"A madrugada de quinta-feira   nunca será esquecida por milhares de pessoas em Guantánamo. O vento, os telhados voando, a chuva forte e queda de árvores nas ruas e casas, vão permanecer como memórias do furacão Sandy. Ninguem vai conseguir tirar da cabeça a primeira noite...

Algumas pessoas perderam tudo, o que não era muito. 
O vendaval levou as poucas  coisas que as pessoas conseguiram guardar durante toda sua vida.
Um drama humano que de antemão área se estende  nessa área já afetada pela escassez de carências materiais, vivendo constante surtos de doenças como a dengue e a cólera. 
 Para as vítimas a chuva cai, literal e metaforicamente. 


A natureza intensifica colapso econômico e os problemas sociais da região.
Então, é hora de intensificar a solidariedade, arregaçar as mangas e ajudar a levantar uma casa novamente, e dividir o pedaço de pão... 

Acho que todos nós sabemos o que pode ser feito:

- Removam os direitos aduaneiros para a entrada no país de alimentos, medicamentos, aparelhos e materiais de construção.

- Para garantir que o povo se organize para coletar, transferir e entregar roupas, medicamentos e outros recursos para as áreas afetadas.


- Incentivar e autorizar a coleta de fundos e recursos por imigrantes cubanos mandarem à ilha, tanto em pessoal e de grupo ou institucional.

- Aplicar avaliação e cooperação de organizações internacionais que prestam ajuda, empréstimos e conselhos para superar este desastre.

- Mais flexibilidade nas províncias mais atingidas para com  todos os procedimentos construtivos para a obtenção de licenças e também para a entrega de terras em usufruto.

- Decretar uma moratória sobre a cobrança de impostos para o auto-emprego nas regiões onde Sandy destruiu parte importante da infra-estrutura econômica e agrícola.

- Abandonar o monopólio institucional sobre a distribuição de solidariedade, incentivando e respeitando a existência de canais para distribuir os cidadãos de ajuda."

@ "Com esta do furacão Sandy, o planeta vai se dar conta de pelo menos  duas coisas:
      - Não adianta apontar ogivas nucleares contra a natureza.
      - Não adianta fazer lobby contra a natureza. Ela não se situa no eixo do mal ou do bem."
      Roberto B.

2 comentários:

Anônimo disse...

Para quem esteve recentemente lá, as imagens não estão muito diferente de antes do ocorrido. É triste ver o estado em que Cuba sobrevive. Edifícios antigos e magestosos onde os vidros quebrados não são substituidos por falta do material. As pessoas pedem por leite em pó nas ruas aos visitantes, e não adianta dar dinheiro pois não podem gastar o dinheiro que os turistas compram no câmbio, pois é diferente da moeda usada pelos habitantes. Para atende-los os turistas são obrigados a compras os produtos e dar para eles. Com uma mala cheia de desodorantes e sabonetes, qualquer turista malandro fatura todas as mulheres da ilha, enquanto durar o estoque. Na saúde estatizada, um médico ganha 30 dolares por mês. O pior é que estão tentando implantar em nosso país este modelo.

Fidel disse...

pois é... com esse mesmo sitema de saúde é necessário fazer consulta com um médico, que está em TODOS os posto de saúde para conseguir uma aspirina, e com essa mesma burocracia se consegue um transplante de córneas... e o Brasil quer o mesmo... que coisa!!! é o fim da picada... e eu que tenho dinheiro, como vou fazer para conseguir um transplante antes... poxa