O avião pousou no Aeroporto Internacional Antonio Maceo, em
Santiago de Cuba (sudeste), a região mais afetada pelo furacão na semana
passada, com uma carga que incluía "janela de vidro, madeira, placas de
aço, pregos e outros itens" .
A Venezuela também enviou alimentos para as vítimas de
Sandy, enquanto a Bolívia anunciou que iria enviar alimentos e água. Organizações
católicas internacionais também se ofereceram para enviar ajuda aos bispos
cubanos.
De acordo com a Prensa Latina, a República Dominicana está
preparando um plano de alívio para reconstruir as redes de energia.
Enquanto isso, o governo brasileiro vai doar US $ 200.000
para ajudar as vítimas do furacão em Cuba e Haiti, anunciou o Ministério dos
Negócios Estrangeiros do país sul-americano.
Cuba vai receber o dinheiro através da Cruz Vermelha
Internacional. Além de apoio financeiro,o Brasil ainda este mês doa 25
mil toneladas de arroz.
Segundo a ONU, há 1,2 milhão desabrigados, ou
seja, 10% da população da ilha, e adverte que o furacão Sandy causou grandes danos à
agricultura. Por lá, uma comitiva de empresários gaúchos liderada pelo governador Tarso Genro. Querem vender maquinas agrícolas. Por lá, a Odebrecht, construindo o Porto Mariel, empregando 4 mil operários e 40 brasileiros.Mas, o que um país pobre e mais uma vez devastado pela natureza pode investir e cumprir com seus acordos econômicos?
A blogueira Yoani alerta em seu blog:
"A madrugada de quinta-feira
nunca será esquecida por milhares de pessoas em Guantánamo. O vento, os
telhados voando, a chuva forte e queda de árvores nas ruas e casas, vão
permanecer como memórias do furacão Sandy. Ninguem vai conseguir tirar da
cabeça a primeira noite...
Algumas pessoas perderam tudo, o que não era muito.
O
vendaval levou as poucas coisas que as
pessoas conseguiram guardar durante toda sua vida.
Um drama humano que de antemão área se estende nessa área já afetada pela escassez de
carências materiais, vivendo constante surtos de doenças como a dengue e a
cólera.
Para as vítimas a chuva cai, literal e metaforicamente.
A natureza intensifica colapso econômico e os problemas
sociais da região.
Então, é hora de intensificar a solidariedade, arregaçar as
mangas e ajudar a levantar uma casa novamente, e dividir o pedaço de pão...
Acho que todos nós sabemos o que pode ser feito:
- Removam os direitos aduaneiros para a entrada no país de
alimentos, medicamentos, aparelhos e materiais de construção.
- Para garantir que o povo se organize para coletar,
transferir e entregar roupas, medicamentos e outros recursos para as áreas
afetadas.
- Incentivar e autorizar a coleta de fundos e recursos por
imigrantes cubanos mandarem à ilha, tanto em pessoal e de grupo ou
institucional.
- Aplicar avaliação e cooperação de organizações
internacionais que prestam ajuda, empréstimos e conselhos para superar este
desastre.
- Mais flexibilidade nas províncias mais atingidas para
com todos os procedimentos construtivos
para a obtenção de licenças e também para a entrega de terras em usufruto.
- Decretar uma moratória sobre a cobrança de impostos para o
auto-emprego nas regiões onde Sandy destruiu parte importante da
infra-estrutura econômica e agrícola.
- Abandonar o monopólio institucional sobre a distribuição
de solidariedade, incentivando e respeitando a existência de canais para
distribuir os cidadãos de ajuda."
@ "Com esta do furacão Sandy, o planeta vai se dar conta de pelo
menos duas coisas:
- Não adianta apontar ogivas nucleares contra a natureza.
- Não adianta fazer lobby contra a natureza. Ela não se situa no
eixo do mal ou do bem."
Roberto B.
2 comentários:
Para quem esteve recentemente lá, as imagens não estão muito diferente de antes do ocorrido. É triste ver o estado em que Cuba sobrevive. Edifícios antigos e magestosos onde os vidros quebrados não são substituidos por falta do material. As pessoas pedem por leite em pó nas ruas aos visitantes, e não adianta dar dinheiro pois não podem gastar o dinheiro que os turistas compram no câmbio, pois é diferente da moeda usada pelos habitantes. Para atende-los os turistas são obrigados a compras os produtos e dar para eles. Com uma mala cheia de desodorantes e sabonetes, qualquer turista malandro fatura todas as mulheres da ilha, enquanto durar o estoque. Na saúde estatizada, um médico ganha 30 dolares por mês. O pior é que estão tentando implantar em nosso país este modelo.
pois é... com esse mesmo sitema de saúde é necessário fazer consulta com um médico, que está em TODOS os posto de saúde para conseguir uma aspirina, e com essa mesma burocracia se consegue um transplante de córneas... e o Brasil quer o mesmo... que coisa!!! é o fim da picada... e eu que tenho dinheiro, como vou fazer para conseguir um transplante antes... poxa
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