Hummmm, ate nem conheco esse pessoal, mas que a rua ta linda, isso ta! Olhem so esses paralelepipedos organizadinhos...beleza ne?Pois foram nossos avos, por assim dizer, que construiram essas ruas. O que nao esta "quebrado", nao precisa ser "consertado".
Com 16 anos, a tarde, num fim de semana, humm... provavelmente dançando com a namorando na entrada do Clube Recreativo, num ambiente que ficava entre o banheiro feminino e a secretaria. Ao som de uma pequena vitrolinha da Phillips, todos abraçadinhos, escutando Beatles, Rolling Stones, Dave Clark Five, Hermann Hermit's, Animals, etc.... bons tempos estes da dita-dura.
"Na época dos governos militares, podíamos acelerar nossos Dodges e Mavericks acima dos 120km/h sem a delação dos radares
mas não podíamos falar mal do presidente...
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças ("ei negão"), credos ("esse crente aí") ou preferências sexuais ("fala sua bichona") e não éramos processados por isso,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Cantava a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio,
mas não podia falar mal do presidente...
Hoje, a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente ! Que merda !
E muita gente não percebeu que ditadura é a suposta democracia que temos hoje.
4 comentários:
Hummmm, ate nem conheco esse pessoal, mas que a rua ta linda, isso ta! Olhem so esses paralelepipedos organizadinhos...beleza ne?Pois foram nossos avos, por assim dizer, que construiram essas ruas. O que nao esta "quebrado", nao precisa ser "consertado".
Onde será que está o Ruschel nesta foto?
Com 16 anos, a tarde, num fim de semana, humm... provavelmente dançando com a namorando na entrada do Clube Recreativo, num ambiente que ficava entre o banheiro feminino e a secretaria. Ao som de uma pequena vitrolinha da Phillips, todos abraçadinhos, escutando Beatles, Rolling Stones, Dave Clark Five, Hermann Hermit's, Animals, etc.... bons tempos estes da dita-dura.
Coluna do Fernando Albrecht no Jornal do Comércio
"Na época dos governos militares, podíamos acelerar nossos Dodges e
Mavericks acima dos 120km/h sem a delação dos radares
mas não podíamos falar mal do presidente...
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças ("ei negão"), credos ("esse crente aí") ou preferências sexuais ("fala sua bichona") e não éramos
processados por isso,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa,
mas não podíamos falar mal do presidente...
Cantava a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio,
mas não podia falar mal do presidente...
Hoje, a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente !
Que merda !
E muita gente não percebeu que ditadura é a suposta democracia que temos hoje.
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