O promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto foi enfático:
“Vamos construir um presídio, não um leprosário. Eu não faço questão que o presídio seja no Santo Antonio, mas quero deixar bem claro que o Ministério Publico vem tolerando a situação do presídio hoje, mas no ano que vem vamos interditar o presídio de Lajeado. Os presos são humanos também.”
O juiz Rudolf Reitz definiu bem a questão:
“Estamos num brete. Num contexto de final de governo. A audiência pública foi muito mal encaminhada. Não houve uma consulta popular. Lajeado tem 73 mil pessoas. Foi ouvida uma parcela de um bairro, onde alguns se manifestaram. E depois descambou para questões políticas. O processo está mal conduzido por parte do Estado. Talvez seja o momento de deixar a poeira baixar e num próximo governo apresentar outra opção.”
3 comentários:
Pareceu-me que o promotor quer justificar a construção do presídio novo, dada a carência do atual. Talvez por querer ver que aqueles que ele condene realmente fiquem presos, não quer trabalhar em vão. Mas numa dessas a comunidade ter de aceitar um presídio acho demais.
O juiz Reitz parace ser de uma grande clareza ao avaliar o projeto. Além de dar o poder de decisão a todos os moradores do município, pede ainda calma nas análises e não que se faça tudo a toque de caixa.
Outra leitora do blog fez uma sugestão fantástica. Criem um presídio isolado na área rural com espaço para que os presos possam devolmer os malefícios cometidos a comunidade com trabalho na lavoura. E quem sabe direcionar os produtos ali produzidos para instituições de caridade das localidades que abrigam o presídio.
O Promotor Público fala como se tivsse autoridade para interditar um Presídio. Esquece ele que há na Comarca um Magistrado. Arrogante este Promotor.
O Magistrado deixa claro por que é Magistrado. Ponderado e coerente deixou a emoção de lado e disse tudo. Que se espere o novo governo que assumirá em pouco mais de três meses, pois a pressa é inimiga da perfeição.
Os líderes comunitários são uns traíras e puxam o saco do governo. Algum deles disse: não podemos perder esse investimento. É construtor ou está vendido?
Pensava eu que Lajeado tivesse uma cidadnia mais racional e decente, mas pelo visto envergonham a quem ainda tenha o hábito de raciocinar. Certa blogueira.
Sou obrigada a tecer esse comentário logo hoje em que recebemos aqui em casa três queridas jovens de Lajeado.
Postar um comentário