... quem mais se habilita?
“Árvores centenárias derrubadas em São Leopoldo”
”Quando a humanidade se volta para a preservação ambiental, muitos municípios deste nosso abandonado Brasil continuam vivendo o primitivismo da derrubada de árvores centenárias. Hoje (25/11/2010) ocorreu mais um duro golpe contra a natureza, com a derrubada de pelo menos uma dezena de árvores frondosas, na Rua Padre Reus, bairro Padre Reus, em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul. Estado que preserva menos de 4% (QUATRO POR CENTO) da sua reserva nativa original.
Trata-se de uma área de meio quarteirão extensiva ao chamado "Matinho do Padre Reus", que é uma das cinco áreas verdes ainda existentes em São Leopoldo. Depois de anos envolvido em questões judiciais, o loteamento da área foi embargado pelas autoridades do meio ambiente e recentemente loteado em seis terrenos para construções de moradias. Hoje a primeira área foi desmatada, onde localizavam-se as maiores árvores. Uma das árvores derrubadas também atingiu a rede elétrica.
Nesta área ainda existe ruínas de uma pequena capela, onde o Padre Reus da congregação Jesuítica (mantenedora da universidade Unisinos) costumava orar junto ao bosque, décadas atrás.
O que administradores municipais inteligentes (se fosse na Europa, por exemplo) poderiam transformar num ponto de preservação e de turismo, nós, tupiniquins, entregamos para a exploração imobiliária de mão beijada. Em troca de quê? Tramita no Vaticano o processo de santificação do Padre Reus.
Há cerca de dois anos, a outra metade do quarteirão sofreu derrubada semelhante, com autorização da Secretaria do Meio Ambiente de São Leopoldo, para a derrubada de 37 árvores gigantes, sendo que 20 delas nativas, para a construção de um estacionamento particular, quase sem utilização.
Esta mesma Secretaria do Meio Ambiente de São Leopoldo que proíbe os seus moradores de efetuarem podas nas árvores das calçadas - mesmo podas de formação – sob pena de aplicação de pesadas multas.
PODAR não pode, DERRUBAR se autoriza.”
Antonio Barcellos
Jornalista
A Villa Mimosa, um dos últimos pulmões verdes de Canoas, agora resume-se basicamente ao casarão histórico. A grande parte da mata centenária que rodeava o imóvel foi derrubada nesta última semana. (março de 2010).
Em um ato predatório rápido e voraz, árvores centenárias foram assassinadas para que no seu lugar seja erguido um conjunto residencial.
Como se não bastasse o desrespeito com o meio ambiente e com a opinião da sociedade canoense, a ação atentou também contra a memória daquele que foi um dos mais belos redutos verdes da cidade. Parte da madeira retirada das árvores que foram depredadas não teve qualquer utilização.
A reportagem do jornal O Timoneiro seguiu os caminhões que levavam a madeira do local em que foram derrubadas, e descobriu o triste destino que muitos troncos tiveram: foram parar no lixão do Distrito Industrial Jorge Lanner, com autorização da Prefeitura.
É um estupor. Uma afronta. Lajeado, São Leopoldo, Canoas... co-irmãs na estupidez ambiental. Posso bem imaginar o estarrecimento dos colegas jornalistas. Tudo é em vão contra esses energúmenos. Olhem bem: o verde que existia 4 anos atrás desaparece dia-a-dia. Para loteamento, para alargamento da rua...
Tudo em vão nessa cidade. A caravana de antas, passa.
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