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Mas, antes foi preciso voltar a Cartagena, fechar as malas, e arrumar apenas uma mochila.
Para não pagarmos o barco-tour (75 pesos), fomos até o mercado Bazurto, um local muito poluído, muito sujo, com bancas ao ar livre de peixes e frutas, lado a lado com cachorros, urubus e crianças disputando espaço e comida.
Era a “rodoviária” do povo, não o píer dos turistas.
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Grita daqui, dali, descobrimos nosso táxi-marítimo, com espaço apenas para mais duas pessoas, calculei. Mas foram entrando, entrando, entrando mais ainda e carregados de sacolas, entulhando o barquinho com galões de água, fardos de cerveja, de arroz, farinha, mesmo com o motorista negando espaço, mesmo com o bate-boca exasperador. Nunca vivi algo semelhante. Puxei minha camiseta até o nariz para não sufocar com a fumaça e com a podridão daquele braço de mar. Covardia? Não ousei fotografar. Fiquei com medo que levassem minha câmera. Por outro ângulo, respeitava a miséria do local.
Finalmente, depois de algumas discussões, o barquinho quase entornando, conseguimos sair e embaixo do sol forte, entramos mar adentro enquanto uma euforia me abraçava feito colete salva-vida. E não é que havia um?
Desembarcamos no píer que pertence a uma espécie de Secretaria do Meio Ambiente de Cartagena. Jose nos esperava e nos conduziu pelas trilhas até a pousada nativa, onde Ana Rosa aguardava ansiosa e feliz: “Rezei tanto para que não desistissem. Sejam bem-vindos!” Na noite anterior, um temporal afugentou muita gente que pretendia passar o dia nas ilhas.
Logo nos acomodamos na cabana charmosamente simples e com um providencial mosquiteiro. Tão limpa que tiro minhas havaianas para entrar.
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