terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DANIEL VIER: ESTRELA ZU STUTTGART

Daniel Vier nasceu em Porto Alegre por conta dos ofícios paternos.
Mas tem um pé em Estrela, por conta dos familiares.
E como é comum falar - “bem coisa do interior” e também  porque “é do tempo em que todo mundo se conhecia” -  por isso  imprescindível acrescentar: filho de Baba e Tiongue Vier, irmão do Tiago e do Tomás.
 Do tempo da molecagem  lembra bem as peladas com o Kaquinho, o Caiera, o Guga e com Di (filho do Zão), do Rômulo na canchinha, do Mateus nas goleiras vermelhas da Tia Mia,  e mais um time inteiro de primos no quintal da Frau Vier, à sombra  da parreira da casa da vó, na rua Marechal Floriano, 77, em Estrela.

Dani  foi aluno do Colégio Martin Luther e recorda que  “o campinho do colégio começava o ano cheio de grama mas, depois de algumas semanas, ficava todo "rapado" com o verde só nas laterais...

Hoje tenho a impressão que jogávamos todas as tardes até anoitecer, deixando as mães loucas de preocupação e  gritando para voltar pra casa.”

Atualmente,  Daniel Vier  mora em Stuttgart, na Alemanha, onde joga desde 2009 na segunda equipe do Vf B Stuttgart,  como meio-campista.  O Clube participa da Bundesliga: “Mas jogo no Stuttgart B, que joga só com jogadores Sub-23 e  onde só eu e o capitão do time somos mais velhos.”

O COMEÇO
Sua primeiras orientações vieram da escolinha do "tio Adi" - Ademir Carlos Uebel.  “Depois fui pro saudoso Nacional, do falecido mestre Mineiro... Me emociono sempre quando lembro...” 

A partir daí começaram os testes em vários clubes: as esperanças, as decepções e as vitórias.

“Em Porto Alegre treinei no Grêmio e no Inter, mas não fiz nenhum jogo. No Recife fui aprovado, mas estava na puberdade.... Até chegar no Juventude, em Caxias, onde joguei no Juvenil e  no  Junior. A passagem foi ótima. Aprendi muito e conheci muita gente boa. Conheci o outro lado da moeda por ter morado no alojamento do clube. 
A gente aprende que o mundo da bola é bonito mas é muito sujo também.
Até lá não tinha empresário ou coisa do tipo. Meu pai era quem sempre me levava pra lá e pra cá e quem sempre me deu muita força e sustentação pra aguentar as caídas.

 Internacional de Santa Maria
“Foi meu primeiro contrato profissional. Tinha saído do Juventude e estava jogando amador pelo Atlântico de Costão, de Estrela, quando os meus ex-empresários, Acelo e Nilson Maldaner me levaram pra lá. Foi uma experiência muito boa porque saí do futebol amador direto para o profissional.”

ALEMANHA
“Fui levado para Alemanha duas vezes pelos Maldaner para fazer testes no Hertha Berlin e acabei não ficando. Mas a vontade de jogar aqui nunca deixei de lado (talvez pela até pela Vó Vier). Depois de 3 anos no extinto RS Futebol Clube (time do técnico Carpegiani) pedi as contas, peguei a mala e a cuia e arrisquei a vinda pra cá. Um amigo meu abriu as portas pra mim. Nunca mais voltei.”

 DIFERENÇAS DE JOGO
“Aqui a gente corre muito e tem muita disciplina tática. O futebol alemão cresceu muito nesses últimos 10 anos e acho que é, no momento, mais competitivo que o brasileiro.”

DIFICULDADES
“O frio. O inverno é muito rigoroso. Sabe aquele vento minuano, ele vem uma vez por semana quase o ano todo!”

ADAPTAÇÃO
“Cresci em Estrela, então não fugi muito das minhas raízes.Tem coisas que me incomodam, mas isso é em qualquer lugar do mundo.”
SAUDADES
“Sinto muita falta da família e dos amigos. E dos churrascos e do sol. Mas fiz essa escolha e não me arrependo.”
PRESENTE
Daniel Vier tem 29 anos. Em maio casa com Ramona: 
“Acredito que a felicidade a gente sempre encontra, seja onde for e com quem for. Acredito também que a perseverança é sempre muito bem recompensada quando a gente sabe onde quer chegar. Eu fiz do meu sonho de guri uma realidade e vivo isso todos dias.”
A família é grande, mas todos os anos os Vier dão um jeitinho de se encontrar e botar as alegrias em dia. Vem o pessoal de Dourado, de Porto Alegre, de Pelotas, Garopaba e até dos Estados Unidos. Sempre falta um ou outro. Quando Dani Vier está presente a lambança se completa e nada que uma costela não amenize o longo inverno alemão.

Um comentário:

Anônimo disse...

GRANDE DANIEL!!!! SAUDADES DO CRAQUE DE ESTRELA!!! O DIRCEU AQUI NO CIA BAR TB TA COM SAUDADES HUAUHAUHAHUA