segunda-feira, 14 de maio de 2012

DO MEU BLOQUINHO: ABAQUAR

 Sábado de manhã estive na Ong Abaquar. Fazia tempo que não dava as caras por lá. Sempre que vou, me sinto melhor: o lugar tem uma energia especial, diferente, que aquece a gente. O dia estava bonito, propício para um futebol e a gurizada prestigiou o campinho.
 Pessoal da Univates cumpria horas de uma disciplina e incentivou as crianças em várias atividades lúdicas. Gostei da pintura do Alisson para o  dia das mães. Tenho certeza de que a mãe do Alisson também curtiu, ontem, quando recebeu o carinho do filho.
 A Patricia continua firme com aulas de circo. Mesmo depois que os outros "voluntários" abandonaram o projeto. Ela disse que gosta de conversar com as meninas além dos alongamentos e exercícios no tecido acrobático. Patricia vem de Estrela, todas as manhã de sábado, especialmente para as atividades. Eu me senti uma ameba.
 É tão pouco que se pede. Tão pouco que se faz. E a recompensa é tão grande. Vai muito alem de cumprir horas para uma disciplina de administração social ou algo que valha.
 Quebra-cabeça... Quem não gosta?
 Arte-terapia infantil?
 Um pé calça tenis, outro calça areia. E daí? O importante é fazer gol. E ele fez. E todos vibraram.
 Deixa eu ver como fico? Deixo. E a gente ri juntos.
A vida não é boa sozinho em casa enquanto os pais trabalham.
A vida não é boa sozinho nas ruas da cidade.
 A vida é boa na Abaquar.
 Daqui uns dias, o time de mini-futebol Falcatrua, que joga todas os sábados no Tiro e Caça deve promover
mais uma edição da Feijoada em prol da Abaquar. A unica coisa que você pode fazer é comprar cartões e prestigiar. Essa grana vai integralmente para a Ong e paga durante todo o ano o professor Ademir, que coordena a escolinha de futebol da entidade. Com o profe as crianças aprendem a ter disciplina e garra para vencer as dificuldades inerentes de quem é morador no bairro Santo Antonio.
Preciso ir mais seguido na Abaquar. Mal intencionada, busco o que eles tem de melhor: vitalidade.

Um comentário:

ada disse...

Que lindo ver as crianças em atividade. Um dia ouvi D. Petronila dizer num suspiro: Material a gente consegue mas voluntários é mais dificil...