sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O ATAQUE DA CIA

Peru, 20 de Abril de 2001.

Um casal de missionários norte-americanos e os dois filhos sobrevoavam a floresta do país num hidroavião, onde seguia também o piloto.


Veronica e Jim Bowers tinham estado em missão no Brasil, onde tinham adotado recentemente a filha mais nova, de sete meses.

O hidroavião voava no espaço aéreo peruano, depois de sobrevoar a floresta Amazonica, a poucos quilómetros da fronteira brasileira, quando um caça da Armada peruana abriu fogo sobre o aparelho.

Veronica e a filha, Charity, morreram no acidente.
O avião voou ainda alguns minutos e transformou-se numa bola de chamas.

Um vídeo difundido ontem revelou o inesperado:
o ataque que matou mãe e filha foi protagonizado por uma missão da CIA e das Forças Armadas Peruanas, que confundiram o aparelho com um avião relacionado com tráfico de droga.


"Não acredito que alguma vez obtenhamos respostas que possam assegurar-nos que este género de situações não volte a acontecer", disse Pete Hoekstra, chefe da comissão de informação de segurança do Congresso norte-americano.


"Eram cidadãos norte-americanos que foram brutalmente assassinados, e considero que o governo dos Estados Unidos foi cúmplice do que aconteceu", acrescentou Hoekstra.

No vídeo, a confusão é evidente: os pilotos não percebem tratar-se de um avião de recreio e consultam a base, que não tem indicação de qualquer plano de voo.


O piloto do avião que transportava a família entra, entretanto, em contato com as autoridades terrestres. No entanto e, alegadamente devido à sintonização errada de frequências de rádio, as três entidades não chegam a consenso.

O hidroavião continua "não identificado" até ao momento dos disparos, por não ter plano de voo aprovado e apesar dos gritos do piloto - "eles vão disparar contra nós" - e das dúvidas dos pilotos da CIA e da Força Aérea Peruana - "Acho que estamos cometendo um grande erro", ouve-se um dos dois ocupantes dizer no vídeo.


O incidente foi integrado numa ação de combate ao tráfico de droga levada a cabo pelas autoridades norte-americanas e peruanas.

Fonte: IO








4 comentários:

Anônimo disse...

Mas se o Hidroavião estava num espaço aéreo perigoso como esse e segundo as informações , sem plano de vôo , o que se poderia esperar ?

Entra na favela da rocinhas ás 3 da manhã com uma camiseta do BOPE prá ver se não te rasgam de bala de alto á baixo ?

Bobeira do piloto do avião abatido , caso for exatamente essa a história verdadeira do incidente...

Luís Galileu G. Tonelli disse...

Olha, alguma organização os espaços aéres precisam. O Brasil dispõe de uma "Lei do abate", mas existe todo um procedimento para que isso aconteça.

Primeiro o piloto de caça da Força Aérea deve entrar em contato com a aeronave desconhecida. Seja por rádio ou sinais luminosos e aguardar resposta.

Não tendo resposta, ele parte para um disparo de aviso. Que deve ser dado ao longo do curso da aeronave e depois retomar tentativas de comunicação e escoltar a aeronave desconhecida até aeródromo próximo, onde autoridades aguardam em terra.

Caso ainda assim não exista contato, só então com autorização presidencial abate-se uma aeronave. Afinal de contas é do acaso aviões perderem a rota, ainda mais aeronaves pequenas. Sobrevoando a amazônia. Deve-se o benefício da dúvida. Quem nunca se perdeu de carro em estradas, o que dirá de avião. E a discusão de onde começa o espaço aéreo brasileiro e termina o do vizinho não é algo tão simples de se fazer.

Sendo a legislação peruana diferente disso, peca em não preservar vidas, tais como as que foram tiradas nesse relato.

Anônimo disse...

Talvez nas aeronaves deveria existir um recurso bem simples ao invés de tanto computador que falha facilmente..

As autoridades poderiam (deveriam) exigir que todos os aviões que não respondessem ao chamado pelo rádio , ou nada fizessem após o disparo de alerta do caça que o persegue , dispusessem na fuselagem / na parte traseira , tipos de sinal de fumaça..
Similares aqueles que os paraquedistas usam para enfeitar as descidas presas nos calcanhares..

Fumaça azul (digamos) - Entendi seu alerta , me guie até um pouso seguro pois estou com problemas no rádio e pane mecânica aqui...

Fumaça Vermelha : Problemas com rádio aguardo espaço para pouso...

Fumaça Amarela : Não atire ,estamos perdidos , por favor nos oriente...

Isso talvez resolveria (com sobra pois é muita fumaça prá dizer a mesma coisa )a questão de disparo de abate de um caça que não obteve resposta positiva de uma avião não identificado e q não responde aos chamados e disparos de alerta...
Babada do piloto..Ninguém abate um avião não militar assim de primeira...

Anônimo disse...

Vocês conhecem a Amazônia, fronteira com o Peru? Eu conheço, é terra de ninguém. Infelizmente a vida destes missionários foi tirada por falta de informação (o que é inconcebível) ou incapacidade do piloto que "aventurou-se" a voar em um local extremamente perigoso e hostil. Lamentamos muito por isso!