quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PROSA DE LAVADEIRA...



- Cruiscrédo... que baixaria na casa do povo, Zileidi...
- Di novo?
- O seu Lurivau disse que os azuizinhos são pressionados pra multá os contrubuinti.
- Que contrubuinti?
- Nois né, Zi!
- Eu que não. Só ando de Ereno.
- Passa o Omo... O médico da minha neta dissi qui...
- O douto Kinipo?
- É... dissi que o seu Lurivau fez uma acusação muito da graves contra o diretor das rua, o seu Finkla.
- Bem que vi o Renato dizê na radio que o doutô Kinipo dissi que a gente tem o direito de sabe a verdade. Mas vai sabe onde tá a verdade entre os cumpadre... Um dia é um, otro dia é otro. Tudo com a mão na tulha.

- Pra piora tão falando em subornu.
- Subornu? Tu ta misturando as coisas? Olhando demais tevê. Isso não é daquele Arruda de Brasília?
- Naum, Zileidi. O seu Finkla dissi que não aceitou subornu dum assessor dum vereador...
- Ai, e eu nessa merda de lava e passa. Divia se pouca grana.
- Divia mesmo. Mas foi subornu pro seu Finkla aliviá as multas dos cupincha deles.
- Isso que são tudo do mesmo partido, os disgranido...
- Um com inveja do outro. Tão tudo si comendo lá dentro da prefeitura.
- E a dona prefeita o que diz?
- Num sei, Zileidi. Num diz nada cum nada. Foi pras praia, decerto.
- Vidão.
- Vidão na praia Real, Zileidi?
- Me devolvi o Omo.
- E tu?
- Vo pro açude.
- Si cuida.
- É bem capaiz de chuvê.
- Pobri quando tem feriado, só chovi.
- É.

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