@ "Como tu bem sabes acompanho diariamente teu blog e me interessa muito um dos assuntos que abordas com frequência, que é justamente a falta de identidade cultural da nossa querida cidade.
É o casario antigo posto abaixo, as ruas da nossa infância que dão lugar a avenidas asfaltadas, o verde das ruas sendo substituído pelo concreto com conivência das autoridades.
Sábado a noite, num churras lá em casa levantei a pelota sobre essas questões, e como tu bem sabes que o nível da discussão é diretamente proporcional ao grau etílico dos interlocutores, uma explicação surgiu.
Três dos participantes eram professores de história e todos colocaram a mesma explicação qdo questionei o porque desta falta de preservação do patrimônio cultural de Lajeado.
Dizem eles que uma cidade só preserva seu patrimônio qdo entra em decadência. Ou seja, com a cidade ou uma parte dela decadente, as pessoas perdem o interesse, mudam o foco para outros locais e aquela região preserva suas características pois não interessa mais economicamente.
Foram citados alguns exemplos como Pelotas, Rio Grande, Cachoeira, Jaguarão, Rio Pardo...que são cidades cujo patrimônio arquitetônico, cultural, etc é bastante preservado e foram cidades que tiveram apogeu e declínio ao longo de sua história.
Como isso nunca aconteceu por aqui, por enquanto só nos resta protestar e lamentar!"
Dani Zart
* O caso da antiga Casa Pinto Müller ilustra bem... Precisou cair para remendarem. Quanto a Julio, é questão de meses para o asfalto cobrir tudo com a passionalidade de seus moradores e a ignorância estupida das autoridades dessa cidade.
3 comentários:
A questão como se sabe é de cultura..
Total falta dela...
Mas a questão que deixa qualquer um a pensar ainda mais fundo numa solução rápido prá isso , é que aqui existe uma super estrutura universitária e acadêmica que poderia auxiliar na abertura da cabeça das pessoas...Mas nada parece emergir de lá nesse sentido..
Fora o resto claro..O caráter admnistrativo e político de lajeado precisa ser outro...Os tempos mudaram...
Só que essa estrutura toda universitária em parte é usada por pessoas de fora da nossa cidade. Não é uma crítica, apenas uma constatação.
Nem nos organizarmos para irmos por rotas alternativas para a UNIVATES, ou mesmo mais de uma pessoa por carro para economizar gasolina e número de carros somos capazes.
O tipo de educação que nos falta é a básica. Precisamos de escolas melhores e em todos os sentidos é no básico. Por básico me refiro a Fundamental e Médio, é ali que formamos (ou seria deformamos?) a consciência das pessoas.
"Dizem que burro velho não aprende truque novo." Atuar lá no fim da cadeia intelectual não adianta ao meu ver. É com as crianças que podemos começar uma nova consciência, mas pelo visto se acontecer algo nessa linha, não será hoje e ao que tudo indica, nem por aqui.
O mundo é como um camponês embriagado; basta ajudá-lo a montar sobre a sela de um lado para ele cair do outro logo em seguida.
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