“ (...) Agora me diga, quem é que vai querer ser professor para encarar situações deste tipo? Ainda mais quando há pais omissos que preferem passar integralmente para a escola não só a formação educacional de seus filhos mas também a responsabilidade por seu comportamento.
E quantos não são os pais que, havendo condições para isto, não prefeririam escudar seus filhos destes e outros perigos e educá-los em casa?
Sinceramente espero que possamos fazer alguma coisa para tornar a profissão de professor novamente atrativa.
Quando eu era criança, minha irmã brincava de ser professora, depois formou-se no normal e deu aulas por algum tempo. Minha mãe aposentou-se como professora.
Minha mulher também foi professora, assim como muitas amigas dela.
É difícil pensar em alguém querer ser professor hoje depois de assistir a tantos vídeos de alunos espancando professores em sala de aula e imaginar ter que lidar com o furor uterino de alunos com pulseirinhas.”
Cesar Brod
Leia na íntegra: http://comunicacaoexponencial.com.br/
sexta-feira, 26 de março de 2010
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Um comentário:
Eu como professor concordo em boa parte do artigo. Além de termos de ensinar os conteúdos de nossas disciplinas, temos de ser carinhosos com aquelas crianças que a muito os pais abandonaram.
Digo que não concordo com isso, não podemos passar o dia na escola apenas sendo carinhosos e tentando imaginar como é a vida de cada criança. Como profissional nos cabe a tarefa de produzir conhecimento.
Infelizmente já escutei pai dizendo para a diretora da minha escola que ela não poderia ocupar tal cargo por não ser mãe. Afinal de contas eu me pergunto: Ela está ali para ser diretora ou ocupar o posto de mãe que está senhora ao visto abdicou.
Para que eu ocupe o posto de pai é preciso que me seja concedido o poder de pai sobre uma criança. Eu ainda acredito que impor-se como pai e mãe não se faz apenas com a conversa.
Já dizia um ex-colega meu de escola: "Se a psicologia do Piaget falha, temos de recorrer a do Pinochet." Não sei se esse radicalismo resolve, mas é o pensamento de muitos que ao invés de devanear sobre educação tem, ao sentirem o peso do atual trabalho nas costas.
A César o que é de César, que eduquem os pais e a escola que se ocupe de formar o conhecimento científico e humano.
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