terça-feira, 19 de abril de 2011

O PASSADO NA SALDANHA MARINHO

Quando vim morar em Lajeado, no século ido, essa foi minha segunda casa. Continua firme, esmagada e à sombra do progresso: demoliram a bela residência da dona Zulmira e seu lindo quintal  para erguer esse paredão.

Aqui muito brinquei com minha amiga Tina Zart que morava ao lado: com as Beijocas da Estrela, com bonequinhas de papel, de esconder, de pen-pen, de meia-meia-lua-um-dois-três...




Talvez seja a única edificação na cidade do século XXI que exiba no jardim, belas esculturas.
Não é incrível isso? Será quem o artista? 
De certa maneira conforta e me orgulha saber que a arte nos aproxima: passado e presente.
O dia que demolirem essa casa, apagam também com a minha infância. 
De vez.

3 comentários:

serjao disse...

Com a minha infancia ja acabaram. A casa ainda esta la, completamente descaracterizada.Tinha tambem uma arvore igual a tua na frente e tambem um pinheirinho. Acabou transformada em restaurante, bar, casa de rock e sei la mais o que!Mas a casa onde creci...kaputz!

Lení disse...

Pois é! Reflexos do "bom" progresso. Saudade do tempo em que o nosso "gps" era a casa de fulana,na rua do Weimer, Casa Zart, Loja Huffner. Referências que ficaram na história de um tempo que foi muito bom. Como disse o Serjão: "tudo kaputz!"

t. disse...

Atualmente, essa casa é o consultório de um dentista e de uma obstetra e, se não me engano, o escultor é o próprio dentista.