E DAÍ?

Depois de 20 sessões de fisioterapia, duas caixas de antiinflamatório, distância do computador, quatro sessões de  terapia por ondas de choque, volto com minha epicondilite sarcástica, rindo da minha cara e dos meus gemidos. Essa coisa maligna expandiu para o pulso e chegou até o joelho. E como se fosse pouco, o cotovelo esquerdo sinaliza que também está no páreo. Desanimo.

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Volto de viagem. Uma montanha de jornais, mais de 300 emails e só um querendo saber se estou viva. Fico olhando para o blog... Medeus, o que será que vale à pena nessa vida senão a saúde da gente? O que importa a estética da ponte antiga, dos casarios, do verde, da história dessa cidade que desaparece? O que importa se a cidade vai ficar insuportável com o crescimento  burro e insensível ao bem estar coletivo? Se há segurança para nossos filhos brincarem nas praças? O que importa se o governo é falcatrua e o povo conivente? Se a prefeita não se enxerga achando que a imprensa deveria estender tapete vermelho para suas ações, aliás, para  qual é muito bem paga? “... quando a reclamação parte de uma pessoa com a formação educacional da prefeita Carmen Regina o eco é estridente aos ouvidos da democracia.” - escreveu Adair Weiss no A Hora da semana passada. E desde quando esse pessoal da prefa atual, que se criou embaixo do braço da Arena, entende de democracia? Se bem me lembro a redação do jornal O Informativo teria boas histórias para contar sobre esse assunto. Mas o que importa se a gente vive uma epicondilite que lembra a dor nossa de cada dia trazendo um desânimo atroz?

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Vou partir para auto-hemoterapia.

E deixar esse blog em banho-maria.

Enquanto isso espero que o Ministério Público trabalhe.

Mas trabalhe mesmo.