quinta-feira, 13 de outubro de 2011

TODOS CONVIDADOS!

3 comentários:

serjao disse...

Grande lance "gurizada"!Sugiro um nome para o grupo: Os Santos de Casa!Sinto demais nao estar mais perto. Sucesso my friends!

Anônimo disse...

eu faço exercício pra bunda, pra barriga, pros braços... não que eu acredite nos meus músculos, mas não tenho como não acreditar na força da gravidade.
mas, a força da gravidade não é tão absulta quanto a solidão.
"exercícios de solidão" mais que uma esquete, é um lugar capaz de comportar o nosso ser quando ele não cabe mais no próprio corpo.
o vazio da nossa solidão é o centro do palco.
a liberdade de estar só foi a pilastra na qual eu me segurei para suportar o meu olhar sobre mim mesma.
o silêncio tranquilo do tempo que ensurdece e dá ritmo à solidão, nos susurrando o que às vezes não pensamos em voz alta. e evitamos pensar em voz baixa.
o espetáculo é uma viagem pela solidão, a gente embarca nos olhando nos olhos e retorna com outro olhar.
um visão ousada. com todos os ganhos e perdas do fim da inocência. com a distância e a proximidade que só a solidão proporciona.
um espetáculo que mata a sede de quem "já morreu de sede em frente ao mar".

eu assisti, eu recomendo.

Aline

Anônimo disse...

tabu é falar do que não tem jeito.
pois, pra tudo que se levanta uma questão... se apresenta uma alternativa.
pra tudo se tem um remédio, um procedimento, um jeito.
pra tudo se tem um jeito de ser feliz. e ai de quem não for.
claro que eu acredito que tudo munda, mas eu me pergunto o que é que fica se tudo muda tanto.
e entre tantas alternativas eu fico pensando onde fica a nossa capacidade de sofrer, de perder e consequentemente de crescer.

estes dias eu assisti um comercial lindo e inacreditável da Panvel (eu acho) sobre uma menina que tem um peixinho que morre.
os pais compram outro peixinho porque ela não precisa passar por aquilo, porque a gente tem que interferir, fazer.
às vezes, é tão bonito quando a VIDA interfere... e tantas vezes a gente está armado, medicado, dando um jeitinho, interferindo e acreditando que está vivendo.

por estas (e por outras fora do alcance das palavras) é que o espetáculo da solidão é necessário.
a solidão é uma condição humana.
pensar é solitário.
sentir é solitário.
amar é solitário.
achar-se é solitário e perde-se muito mais.
não acredito em quem se conhece sem ter passado pela solidão.
não acredito que em certos momentos a solidão não seja a melhor companhia.
não acredito em multidões.

quem tem medo de ficar só, tem medo de si mesmo.
e só quem alcançou a si mesmo é capaz de encontrar o outro.
(não tem como não pensar na solidão a dois, dos pais quem mal sabem dos filhos, ... nas tantas pessoas cheias de pressentimentos e intuições recriando realidades por não suportarem a sua...)

não tem como escutar o mundo sem ter escutado o silêncio da solidão.

pra mim não há luxo maior no mundo do que sentir. mas, é... às vezes sentir dói.

ainda bem, ainda bem que foi criado este espaço onde a solidão existe. e existe de todas as formas que é. de todas as formas nas quais a gente se reconhece, foge e só assim se encontra.
ainda bem que ainda se ousa falar da vida sem alternativas. da vida de verdade. da solidão que é viver.
e ainda bem que eu estava lá.

e se há de haver uma alternativa boa pra isto que acreditamos ser a vida, há de ser a arte...