Photo by Antonio Lacerda
É uma questão de Justiça. Dá lá, toma cá, é mais que um axioma popular.
Os pobres, por falta de oportunidade. Os ricos, por oportunismo.
Ocupações irregulares? Regulares loteamentos.
Marques de Souza – Vale do Taquari
Depois da destruição, o discurso e a solidariedade política.
Depois que invadiram as encostas, saquearam o verde, derrubaram os morros, roubaram as raízes, desequilibraram com o circuito do Oxigênio contribuindo na abertura das comportas naturais do céu, depois que os órgão ambientais, aqui e lá - enxugam as mãos, o dilúvio faz o resto.
Se é para destruir, vamos liquidar com tudo, inclusive com mais de 500 vidas.
Com essa humanidade burra, gananciosa que insiste em desrespeitar a Natureza.
Foi assim no ano passado na região do Fão, aqui pertinho de Lajeado, Rio Grande do Sul. Foi assim em São Paulo, Minas, Santa Catarina, Rio de Janeiro: todos sepultando seus mortos, chorando seus familiares.
O depoimento de um cidadão dizendo que achava que essas coisas só acontecia na tevê dá o tom lúgubre da ignorância.
Rios que mudam de leito, crateras em vez de montanhas, rochas que despencam e avalanches de lama. Uma destruição que lembra, mais recentemente, o Haiti e Angra dos Reis.
Os cinegrafistas apontam suas câmeras e comprovam o despreparo, a lerdeza da Defesa Civil brasileira no socorro do povo. Falta tecnologia, falta gente, falta profissionalismo.
Marques de Souza-RS
E depois que a imprensa mostrou que só 40% das doações chegam ao seu destino, aos necessitados, o ceticismo e a desconfiança paralisam gestos solidários.
O dinheiro do Programa de Prevenção para Desastres não chega.
É desviado pelas grandes autoridades. Se chega, pelas pequenas.
Quem diz? A ONG Contas Abertas.
E ainda se convive com os saques em meio tanta desgraça.
Com os aproveitadores honoríficos.
A Natureza não vinga.
Cobra.
E a gente acaba cansando de assistir ao mesmo filme.
E aí, a solidariedade se encolhe.
5 comentários:
Ué, e a Marina Silva cadê?
Só serve para criticar em época de eleeição?
Eu não condenaria a nossa defesa civil, tendo em vista que países supostamente mais desenvolvidos também tiveram problemas semelhantes com reações mais lentas. Vide o caso do Katrina nos EUA poucos anos atrás.
Mas a verdade é simples, terreno íngreme começa a ser açoriado para abertura de ruas regulares, ou não. Desestabiliza a encosta, a terra que apenas encontra-se sobre a pedra/rocha ao encharcar desce a lama levando árvores inteiras. Observam-se raízes intactas. Alguns pontos escapam pois uma ou outra árvore que ainda resiste consegue chegar até uma fenda e prender a corrente toda.
Isso mesmo, ás vezes são poucas árvores segurando toneladas de terra e árvores. Daí a importância de uma apenas dessas centenárias árvores.
Tonelli no Rio de Janeiro a Defesa está na Secretaria de Saúde e aqui com a polícia ostensvia. Absurdo,não? Aqui eles formaram uma mega quadrilha dentro do Piratini e aproveitaram a desgraça de milhares para roubar e vender a teceiros as telhas compradas e com destinação às vítimas dos desastres.
Por certo esses ladrões ainda gozam de liberdade.O corné chefe da qudrilha foi aposenadocom polpuda gratiticação e a grande imprensa onde incuo a Rede Bunda suja minsteriosamente silenciaram. Viva o blogues sujos, pois assim o povo fica sabendo das patifarias.
Jorge,
Acho que fica evidente que tragédias como essa serão constante aqui no país. Seria interessante uma reestruturação da defesa civil, não. Talvez até como um corpo independente, tipo a Força Nacional de Segurança.
o pior é que por traz de cada uma destas catástrofes está um favorzinho político.
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